Utilizamos o termo Vassoura de Bruxa para denominar uma doença que acomete plantas e causam o superbrotamento ou desenvolvimento anormal do tecido da planta, a Moniliophtora Perniciosa, deixando a planta com aspecto de vassoura velha. Ela é uma praga que advém da região Amazônica e foi descoberta em 1895 no Suriname. Embora possa ser causada por diversos tipos de patógenos a mais popular dentre todos é a que afeta o cacaueiro, desde o início já estava claro que a praga tinha alto poder destruidor, em 1920 as lavouras de cacau do Equador sofreram com este fungo.
A praga encontrou nas plantações de cacau da Bahia um terreno favorável a ela devido as condições climáticas, sucessão alternada de dias chuvosos e ensolarados. O fungo tem facilidade de se disseminar pela ação dos ventos e da água. A chegada do fungo na Bahia em 1989 foi o ponto crucial que abalou de forma relevante a economia do país. O Brasil que antes era um grande exportador de cacau passou então a importar esse fruto, pois a produção interna não satisfazia o mercado interno.
Em meio a essa crise foram pensadas alternativas para sanar a ação do fungo. Com bases em estudos citológicos e em muitas tentativas de controle, a que se encaixa melhor é plantar mudas geneticamente modificadas, esta técnica é utilizada atualmente no sul da Bahia.
Em busca de uma solução cientistas descobriram que há sim uma maneira de inibir a ação desse fungo. Desde março do ano passado foram aplicados testes com fungicidas, tomando primeiro a estrobirulina, esse fungicida não surtiu efeito na fade biotrófica da doença. Então com a descoberta da partícula Sham tudo mudou e a esperança voltou. Essa particula é capaz de inibir as duas fases da doença. Só há uma barreira agora para que essa partícula seja comercializada, os testes foram feitos em laboratórios e não sabe se ao certo como ela reagiria no meio ambiente.
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