quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Costa do Cacau


Desmatamento


Lado bom : Cacau, uma opção saborosa contra o desmatamento na Amazônia

Uma fábrica de chocolate à beira da estrada Transamazônica no Pará funciona como antídoto aos crimes contra o meio ambiente

Darcirio Vronski é o pioneiro de uma cooperativa de 23 famílias que produzem o cacau orgânico, vendido ao fabricante austríaco Zotter.Depois de trocar a cana pelo cacau, fui muito criticado, mas aqueles que continuaram com a cana têm degradado a terra, enquanto a nossa terra tem se mantido incrivelmente fértil", comenta, com orgulho.O Estado do Pará é um dos maiores produtores de cacau, um produto da Amazônia que foi desenvolvido na região em detrimento da floresta, mas que hoje é visto como uma grande oportunidade para o reflorestamento.


Lado Ruim: A CABRUCA (Cooperativa de Produtores Orgânicos do Sul da Bahia) nasceu como fruto de um histórico não muito feliz da região cacaueira do sul da Bahia. A infestação das lavouras de cacau pelo fungo da vassoura-de-bruxa (Moniliophtora perniciosa) e a queda do preço das amêndoas de cacau no mercado nacional, levaram muitos agricultores a abandonar suas lavouras ou substituí-las por outros sistemas agrícolas. Como consequência, o desmatamento não só das cabrucas (sistema tradicional do plantio de cacau na região, sob a sombra de árvores nativas) mais também dos remanescentes florestais da Mata Atlântica tornou-se uma atividade comum e alarmante. 
Com este panorama regional surgiram muitos esforços para superar uma crise que era não só financeira e social mais também ambiental.
Focando a manutenção e produção sustentável do cacau, o IESB (Instituto de Estudos Sócio Ambientais do Sul da Bahia) com apoio do CI (Conservation International) e o, MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário) buscaram desenvolver ações demonstrativas de produção e comercialização de cacau orgânico. 
Apoiando um grupo de agricultores preocupados e sensibilizados com a conservação da mata atlântica e produção de alimentos livres de agrotóxicos, auxiliaram na criação da Cooperativa Cabruca no final do ano 2000. O nome Cabruca veio como inspiração do tradicional sistema Cabruca de plantio de cacau, característico do sul da Bahia. Neste sistema árvores nativas remanescentes da Mata Atlântica são mantidas com objetivo de sombrear a plantação de cacau. Por apresentar uma estrutura semelhante à de uma floresta, as cabrucas funcionam como importantes e efetivos corredores entre remanescentes florestais, contribuindo diretamente com a manutenção da biodiversidade da Mata Atlântica do Sul da Bahia.

Destino dado as cascas de cacau
Artesanato feito com casca de cacau e algumas de cupuaçu
 A casca também tem uso. A casca do fruto do cacaueiro, também pode ter aproveitamento econômico, conforme atestam pesquisas de técnicos do MA/CEPLAC. Ela serve para alimentar bovinos, tanto in natura como na forma de farinha de casca seca ou de silagem, como também para suínos, aves e até peixes. A casca do fruto do cacaueiro pode ainda ser utilizada na produção de biogás e biofertilizante, no processo de compostagem ou vermicompostagem, na obtenção de proteína microbiana ou unicelular, na produção de álcool e na extração de pectina. Uma tonelada de cacau seco produz 8 toneladas de casca fresca.

Impactos causados pelo plantio

As consequências do impacto causado pelo ataque da praga, que se reproduz em grande velocidade, tiveram caráter econômico e social. A produção brasileira, ainda segundo a Ceplac, que correspondia na época a 400 mil toneladas/ano, passou para 100 mil toneladas/ano, em uma década. Os agricultores abandonaram fazendas eficaram sem emprego.Esse foi o cenário em que a Cargill iniciou um trabalho com foco em ações sustentáveis para melhorar o desempenho das lavouras de cacau. O objetivo foi garantir a originação da matéria-prima e reduzir o impacto ambiental causado pela importação do cacau, pois onavio gasta combustível fóssil até atracar no Brasil. Outro fator considerado foi a recuperação de empregos, com a capacitação de produtores, a geração de renda aos agricultores e a melhora da autoestima dessa população, com o retorno ao trabalho.Além do empobrecimento do solo, e a contaminação dos animais que nele se alimentam.

Projetos de preservação na região



Através da certificação orgânica, realizada pelo IBD (Instituto Biodinâmico de Desenvolvimento Rural), que é credenciada a IFOAM (International Federation of Organic Agriculture Movements) e DAR (Deutscher Akkreditierungsrat), a cooperativa Cabruca hoje conduz o projeto IBD, BA – 036, que atualmente congrega trinta e quatro membros, produtores rurais de pequeno, médio e grande porte. 
A Cabruca também vem apoiando diversas iniciativas de cooperados para produção de produtos já beneficiados como o vinho de cacau, chocolate caseiro, polpas, geléias e doces de frutas orgânicas. Além disso, a Cabruca também disponibiliza frutas, palmito, hortaliças e especiarias para mercado local, contribuindo para divulgação do trabalho com manejo orgânico da terra e saúde de seus consumidores.
Em síntese, a proposta da cooperativa Cabruca visa garantir a recuperação e ampliação do cultivo agroflorestal baseado em um manejo orgânico procurando unir agricultura, saúde e sustentabilidade ambiental. Para tal proposta a Cabruca procura levar os seguintes objetivos como ferramentas:
-   Vender no mercado diferenciado de produtos orgânicos;
-   Estabelecer padrões “únicos” de qualidade para os seus produtos;
-   Fomentar o enriquecimento do plantio tradicional; 
-   Incentivar a diversificação da produção;
-   Capacitar associados e agregados; 
-   Valorizar os seus produtos através do processamento artesanal/agroindustrial

TURISMO ECOLÓGICO
O ecoturismo é uma forma de turismo voltada para a apreciação de ecossistemas em seu estado natural, com sua vida selvagem e sua população nativa intactos. Embora o trânsito de pessoas e veículos seja agressivo ao estado natural desses ecossistemas, os defensores de sua prática argumentam que, complementarmente, o ecoturismo contribui para a preservação dos mesmos e para o desenvolvimento sustentável das populações locais, melhorando a qualidade de vida das mesmas.

APAS

Lagoa encantada de Ilhéus
 Autorizando por Decreto, a desapropriação de uma área de 1.800 hectares da APA da Lagoa Encantada e Rio Almada, no litoral norte de Ilhéus, para a construção de um polo industrial, um complexo portuário, e um aeroporto internacional, o governo do Estado da Bahia assina a sentença de morte desta APA onde se encontra um dos mais importantes ecossistemas do que resta da MATA ATLANTICA.  Este porto tem como finalidade escoar minério de ferro de Caetité para a China. Embora existam possibilidades de realizar obras em portos já existentes, a mineradora interessada nesta construção apresentou esta ideia ao Governador que a aprovou “a toque de caixa”, sem consultar a sociedade civil e apenas
conchavando com a autoridades locais que se empenham em fazer as populações litorâneas “engolir a pílula” com promessas de emprego, valorização de suas terras e progresso regional.

A imprensa (marrom) local publica diariamente artigos louvando as benesses deste empreendimento e o quanto ele é importante para a preservação do meio ambiente. Não informa porém que o minério de ferro é altamente poluente e atingir um raio de 30 Km de contaminação. NENHUM estudo ( digno deste nome) para avaliação dos impactos foi realizado, evidentemente, pois não houve tempo hábil para isso. Mas um dos responsáveis pela ideia junto ao governo estadual apresentou um “estudo” redigido em algumas horas, segundo o qual o estado de degradação ambiental justifica a escolha do local. Ocorre que nesta parte da APA, deveria ser implantado um programa de recuperação florestal.

Muito já foi investido nesta área que foi eleita para o desenvolvimento do turismo ecológico, dentro do plano de desenvolvimento sustentável. Muitos empregos seriam criados e ja estamos iniciando um projeto de educação de jovens para o desenvolvimento sustentável. Agora talvez tenhamos que fazer projetos para sobrevivência à catástrofe ambiental qu se anuncia.

Esta decisão do governador da Bahia vai ao encontro da Legislação Ambiental inscrita na Constituição Brasileira e da Lei que determinou a criação da APA da Lagoa Encantada e do Rio Almada assim que a Lei que determinou sua ampliação. Cabe ressaltar que o Conema procura agora modificar estas leis, para atender aos interesses da empresa Bahia Mineração, que decidiu realizar este empreendimento a qualquer preço.


ECO RESORT

Arraial D'Ajuda Eco Resort
Conciliando conforto, tranquilidade e contemplação da natureza, rodeado pelas belas paisagens. O Arraial D'Ajuda Eco Resort é um autêntico resort de praia e continua a melhor opção de hospedagem da Costa do Descobrimento , caracterizado pelo encontro das águas cristalinas, recifes de corais. céu azul intenso, lindas praias e muito sol, tem integração total com a natureza, pois está situado numa área de 30.000 m2 em endereço privilegiado, a ponta do Apaga Fogo, localizada no "Oceano Atlântico esquina com o rio Buranhém". Seus ambientes decorados em estilo tropical proporcional ao hóspede muito lazer, tranquilidade e conforto. 
Cana Brava Resort
A generosidade da natureza e a sensibilidade do homem. O Cana Brava Resort consegue ser um lugar ideal tanto para quem quer descansar quanto para aqueles que preferem se divertir. Isso porque, em seus mais de 70 mil m² de área, o Cana Brava oferece uma infinidade de opções de lazer, entretenimento e descanso. Aqui é um dos poucos lugares onde o mar, que costuma ser sempre a grande atração, consegue ser apenas mais um detalhe. Um convite ao prazer, ao conforto, ao lazer e a tranqüilidade que sal família merece. E tudo isso de frente para o mar.

ESTRADA ECOLÓGICA


Estrada parque de Ilheus
Em 1996, o governo do estado planejou a urbanização de uma estrada litorânea cortando um dos trechos de litoral mais bem conservados da Bahia, entre Ilhéus e Camamú, onde resistiu minimamente, mas histórica e bravamente, a Mata Atlântica.

A primeira etapa, entre Ilhéus, Uruçuca e Itacaré, ficou pronta em 1998, e mais de uma década depois, a segunda etapa, que transpôs o rio de Contas, e conectou Itacaré a Barra Grande, Maraú e Camamú. A estrada também aproximou Ilhéus de Salvador,via ferry-boat. Uma proposta de desenvolvimento associado ao turismo, que surgiu como um projeto incluído no Programa de Desenvolvimento do Turismo – PRODETUR, do governo federal.







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