Desmatamento
Lado bom : Cacau, uma opção saborosa contra o desmatamento na Amazônia
Uma fábrica de chocolate à beira da estrada Transamazônica no Pará funciona como antídoto aos crimes contra o meio ambiente
Darcirio
Vronski é o pioneiro de uma cooperativa de 23 famílias que produzem
o cacau orgânico, vendido ao fabricante austríaco Zotter.Depois de
trocar a cana pelo cacau, fui muito criticado, mas aqueles que
continuaram com a cana têm degradado a terra, enquanto a nossa terra
tem se mantido incrivelmente fértil", comenta, com orgulho.O
Estado do Pará é um dos maiores produtores de cacau, um produto da
Amazônia que foi desenvolvido na região em detrimento da floresta,
mas que hoje é visto como uma grande oportunidade para o
reflorestamento.
Lado
Ruim: A
CABRUCA (Cooperativa de Produtores Orgânicos do Sul da Bahia) nasceu
como fruto de um histórico não muito feliz da região cacaueira do
sul da Bahia. A infestação das lavouras de cacau pelo fungo da
vassoura-de-bruxa (Moniliophtora perniciosa) e a queda do preço das
amêndoas de cacau no mercado nacional, levaram muitos agricultores a
abandonar suas lavouras ou substituí-las por outros sistemas
agrícolas. Como consequência, o desmatamento não só das cabrucas
(sistema tradicional do plantio de cacau na região, sob a sombra de
árvores nativas) mais também dos remanescentes florestais da Mata
Atlântica tornou-se uma atividade comum e alarmante.
Com
este panorama regional surgiram muitos esforços para superar uma
crise que era não só financeira e social mais também
ambiental.
Focando
a manutenção e produção sustentável do cacau, o IESB (Instituto
de Estudos Sócio Ambientais do Sul da Bahia) com apoio do CI
(Conservation International) e o, MDA (Ministério do Desenvolvimento
Agrário) buscaram desenvolver ações demonstrativas de produção e
comercialização de cacau orgânico.
Apoiando
um grupo de agricultores preocupados e sensibilizados com a
conservação da mata atlântica e produção de alimentos livres de
agrotóxicos, auxiliaram na criação da Cooperativa Cabruca no final
do ano 2000. O nome Cabruca veio como inspiração do tradicional
sistema Cabruca de plantio de cacau, característico do sul da Bahia.
Neste sistema árvores nativas remanescentes da Mata Atlântica são
mantidas com objetivo de sombrear a plantação de cacau. Por
apresentar uma estrutura semelhante à de uma floresta, as cabrucas
funcionam como importantes e efetivos corredores entre remanescentes
florestais, contribuindo diretamente com a manutenção da
biodiversidade da Mata Atlântica do Sul da Bahia.
Destino
dado as cascas de cacau
Artesanato feito com casca de cacau e algumas de cupuaçu |
A
casca também tem uso. A
casca do fruto do cacaueiro, também pode ter aproveitamento
econômico, conforme atestam pesquisas de técnicos do MA/CEPLAC. Ela
serve para alimentar bovinos, tanto in natura como na forma de
farinha de casca seca ou de silagem, como também para suínos, aves
e até peixes. A casca do fruto do cacaueiro pode ainda ser utilizada
na produção de biogás e biofertilizante, no processo de
compostagem ou vermicompostagem, na obtenção de proteína
microbiana ou unicelular, na produção de álcool e na extração de
pectina. Uma tonelada de cacau seco produz 8 toneladas de casca
fresca.
Impactos
causados pelo plantio
As
consequências do impacto causado pelo ataque da praga, que se
reproduz em grande velocidade, tiveram caráter econômico e social.
A produção brasileira, ainda segundo a Ceplac, que correspondia na
época a 400 mil toneladas/ano, passou para 100 mil toneladas/ano, em
uma década. Os agricultores abandonaram fazendas eficaram sem
emprego.Esse
foi o cenário em que a Cargill iniciou um trabalho com foco em ações
sustentáveis para melhorar o desempenho das lavouras de cacau. O
objetivo foi garantir a originação da matéria-prima e reduzir o
impacto ambiental causado pela importação do cacau, pois onavio
gasta combustível fóssil até atracar no Brasil. Outro fator
considerado foi a recuperação de empregos, com a capacitação de
produtores, a geração de renda aos agricultores e a melhora da
autoestima dessa população, com o retorno ao trabalho.Além do
empobrecimento do solo, e a contaminação dos animais que nele se
alimentam.
Projetos
de preservação na região
Através
da certificação orgânica, realizada pelo IBD (Instituto
Biodinâmico de Desenvolvimento Rural), que é credenciada a IFOAM
(International Federation of Organic Agriculture Movements) e DAR
(Deutscher Akkreditierungsrat), a cooperativa Cabruca hoje conduz o
projeto IBD, BA – 036, que atualmente congrega trinta e quatro
membros, produtores rurais de pequeno, médio e grande porte.
A
Cabruca também vem apoiando diversas iniciativas de cooperados para
produção de produtos já beneficiados como o vinho de cacau,
chocolate caseiro, polpas, geléias e doces de frutas orgânicas.
Além disso, a Cabruca também disponibiliza frutas, palmito,
hortaliças e especiarias para mercado local, contribuindo para
divulgação do trabalho com manejo orgânico da terra e saúde de
seus consumidores.
Em
síntese, a proposta da cooperativa Cabruca visa garantir a
recuperação e ampliação do cultivo agroflorestal baseado em um
manejo orgânico procurando unir agricultura, saúde e
sustentabilidade ambiental. Para tal proposta a Cabruca procura levar
os seguintes objetivos como ferramentas:
-
Vender no mercado diferenciado de produtos orgânicos;
-
Estabelecer padrões “únicos” de qualidade para os seus
produtos;
-
Fomentar o enriquecimento do plantio tradicional;
-
Incentivar a diversificação da produção;
-
Capacitar associados e agregados;
-
Valorizar os seus produtos através do processamento
artesanal/agroindustrial
TURISMO
ECOLÓGICO
O
ecoturismo é uma forma de turismo voltada para a apreciação de
ecossistemas em seu estado natural, com sua vida selvagem e sua
população nativa intactos. Embora o trânsito de pessoas e
veículos seja agressivo ao estado natural desses ecossistemas, os
defensores de sua prática argumentam que, complementarmente, o
ecoturismo contribui para a preservação dos mesmos e para o
desenvolvimento sustentável das populações locais, melhorando a
qualidade de vida das mesmas.
APAS
Lagoa encantada de Ilhéus |
Autorizando
por Decreto, a desapropriação de uma área de 1.800 hectares da APA
da Lagoa Encantada e Rio Almada, no litoral norte de Ilhéus, para a
construção de um polo industrial, um complexo portuário, e um
aeroporto internacional, o governo do Estado da Bahia assina a
sentença de morte desta APA onde se encontra um dos mais
importantes ecossistemas do que resta da MATA ATLANTICA. Este
porto tem como finalidade escoar minério de ferro de Caetité para
a China. Embora existam possibilidades de realizar obras em portos
já existentes, a mineradora interessada nesta construção
apresentou esta ideia ao Governador que a aprovou “a toque de
caixa”, sem consultar a sociedade civil e apenas
conchavando com
a autoridades locais que se empenham em fazer as
populações litorâneas “engolir a pílula” com promessas de
emprego, valorização de suas terras e progresso regional.
A
imprensa (marrom) local publica diariamente artigos louvando as
benesses deste empreendimento e o quanto ele é importante para a
preservação do meio ambiente. Não informa porém que o minério de ferro é altamente poluente e atingir um raio de 30 Km de
contaminação. NENHUM
estudo ( digno deste nome) para avaliação dos impactos foi
realizado, evidentemente, pois não houve tempo hábil para isso.
Mas um dos responsáveis pela ideia junto ao governo estadual
apresentou um “estudo” redigido em algumas horas, segundo o
qual o estado de degradação ambiental justifica a escolha do
local. Ocorre que nesta parte da APA, deveria ser implantado um
programa de recuperação florestal.
Muito
já foi investido nesta área que foi eleita para o desenvolvimento
do turismo ecológico, dentro do plano de desenvolvimento
sustentável. Muitos empregos seriam criados e ja estamos
iniciando um projeto de educação de jovens para o
desenvolvimento sustentável. Agora talvez tenhamos que
fazer projetos para sobrevivência à catástrofe ambiental qu se
anuncia.
Esta
decisão do governador da Bahia vai ao encontro da Legislação
Ambiental inscrita na Constituição Brasileira e da Lei que
determinou a criação da APA da Lagoa Encantada e do Rio Almada
assim que a Lei que determinou sua ampliação. Cabe ressaltar que
o Conema procura agora modificar estas leis, para atender aos
interesses da empresa Bahia Mineração, que decidiu realizar este
empreendimento a qualquer preço.
ECO RESORT
Arraial D'Ajuda Eco Resort |
Conciliando
conforto, tranquilidade e contemplação da natureza, rodeado pelas
belas paisagens. O
Arraial D'Ajuda Eco Resort é um autêntico resort de praia e
continua a melhor opção de hospedagem da Costa do Descobrimento ,
caracterizado pelo encontro das águas cristalinas, recifes de
corais. céu azul intenso, lindas praias e muito sol, tem integração
total com a natureza, pois está situado numa área de 30.000 m2 em
endereço privilegiado, a ponta do Apaga Fogo, localizada no "Oceano
Atlântico esquina com o rio Buranhém". Seus
ambientes decorados em estilo tropical proporcional ao hóspede muito
lazer, tranquilidade e conforto.
Cana Brava Resort |
A
generosidade da natureza e a sensibilidade do homem. O
Cana Brava Resort consegue ser um lugar ideal tanto para quem quer
descansar quanto para aqueles que preferem se divertir. Isso
porque, em seus mais de 70 mil m² de área, o Cana Brava oferece uma
infinidade de opções de lazer, entretenimento e descanso. Aqui
é um dos poucos lugares onde o mar, que costuma ser sempre a grande
atração, consegue ser apenas mais um detalhe. Um
convite ao prazer, ao conforto, ao lazer e a tranqüilidade que sal
família merece. E tudo isso de frente para o mar.
ESTRADA ECOLÓGICA
Estrada parque de Ilheus |
A
primeira etapa, entre Ilhéus, Uruçuca e Itacaré, ficou pronta em
1998, e mais de uma década depois, a segunda etapa, que transpôs o
rio de Contas, e conectou Itacaré a Barra Grande, Maraú e Camamú.
A estrada também aproximou Ilhéus de Salvador,via ferry-boat. Uma
proposta de desenvolvimento associado ao turismo, que surgiu como um
projeto incluído no Programa de Desenvolvimento do Turismo –
PRODETUR, do governo federal.
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