quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Viagem á Fantástica História de Ilhéus


Conhecida como Terra de Jorge Amado, a Princesinha do Sul atualmente não se encontra em bons cuidados pela falta de cuidado do governo. Conheceremos aqui um pouco sobre a terra imortalizada por Jorge através dos seus romances que encantam até hoje pessoas de todas as idades.
Casarões, Bataclan, Vesúvio, Catedrais retratam o Centro Histórico de Ilhéus e transpassa toda a trajetória da magnífica historia da cidade.         




O Casarão Verde foi construído pelo personagem fictício de Jorge Amado, Tonico Bastos, com real nome de Antônio Pessoa da Costa e Silva, filho de Ramiro Bastos, retratado atualmente na novela Gabriela. Essa família possui ainda um outro Casarão na qual funcionava o Cartório onde foi a retirada da possível certidão de nascimento da Gabriela para que ela pudesse se casar com Nacibi. 


O Casarão Rosa era a casa do Mizéu Tavares construído pelo próprio para morar com sua família, sua esposa e sua filha Malvina. Para a inauguração desta casa, o jantar foi francês com orquestra. Mizéu era um trabalhador comum que começou a emprestar dinheiro e cobrava juros, se tornando mais tarde um dos maiores produtores de cacau da cidade. Faleceu em 1948 e a casa atualmente não é aberta a visitação. A família tentou vender, mas com o valor muito alto, ninguém comprou o imóvel. Então, um grupo de maçons consegue o dinheiro e transforma o casarão numa regeneração para maçons.



A Igreja Matriz de São Jorge é o prédio mais antigo do município. A sua construção primitiva era em formato de T, mas ao longo do tempo para a abertura da rua Conselheiro Francisco Badaró, foi retirada uma torre e a Igreja sofreu algumas mudanças e atualmente tenta-se manter características primitivas e originais. O calçamento da rua é totalmente diferente, com pedras azuis. Historiadores contam que essas pedras vieram como lastros de navios e após o carregamento do navio, ele encalhou e teve-se que retirar as pedras para o seguimento da viagem. Nessa época, Ilhéus estava na rota do comércio do Rio de Janeiro e Europa, logo toda as embarcações que subiam ou desciam, tinham por obrigação aportar no Porto de Ilhéus. Outra história sobre o calçamento da rua é que o Coronel Mizéu Tavares mandou calçar a rua para o casamento de sua filha ou ainda contam que o Coronel mandou calçar a rua para a ‘’união’’ dos santos padroeiros São Jorge e São Sebastião. Nessa época, Ilhéus estava na rota do comércio do Rio de Janeiro e Europa, logo todas as embarcações que subiam ou desciam, tinham por obrigação aportar no Porto de Ilhéus. Outra história sobre o calçamento da rua é que o Coronel Mizéu Tavares mandou calçar a rua para o casamento de sua filha ou ainda contam que o Coronel mandou calçar a rua para a ‘’união’’ dos santos padroeiros São Jorge e São Sebastião.


                                 


    

   A Casa dos Artistas tem mais de 20 anos de história para contar. Uma caminhada que começou com a construção adquirida pela família Hans Koella em 1985. A casa, conforme a escritura é construída de alvenaria de pedras e de tijolos, coberta de telhas, toda forrada, piso de madeira, de cerâmica e de cimento, com cinco quartos, sala, corredor, sanitário, quarto e sanitário de empregado, cozinha, pátio, varanda e demais dependências, edificada em terreno próprio. A fachada está bem conservada, mas a parte interna foi modificada para atender às novas finalidades.
Neste ano, o espaço, construído pelo Coronel Domingos Adami de Sá, foi adaptado para as funções da Casa dos Artistas.
       

   A Casa de Jorge Amado tem uma longa história. Por causa de uma certa quantia de dinheiro que ganhou, a família veio de Ferradas, em 1918, e construiu em um terreno a casa para morar com a família.  A construção teve início em 1920, sob o comando de Maximiano Souza Coelho, e o prédio foi inaugurado em 1926. A casa não tem um estilo próprio, sendo considerada eclética, com mistura do neoclássico e do colonial, na verdade, uma mistura de estilos. O piso é todo original, a madeira da casa é jacarandá trabalhado, madeira própria da região, de baixo custo e alto valor. Era muito usada nas casas, por trás das janelas, porque ficava inviável utilizar cortinas em tecido, já que todo tecido existente naquela época, em Ilhéus, era estrangeiro. O lustre da sala principal é de vidro, não é cristal verdadeiro, não é o original, mas é da época.
  
  As bandeiras das portas são trabalhadas em ferro fundido, estilo neoclássico francês. Existem também as bandeiras de vidro colorido em estilo colonial. O mármore da casa veio de Carrara, na Itália. Era muito encontrado e utilizado na época, de fácil aquisição, porque por Ilhéus passavam navios estrangeiros. O piso é todo original em jacarandá e vinhático, formando quadrados em duas cores, trabalho bastante utilizado na época. Os ladrilhos que ornamentam a varanda são da época, em art-nouveau ingleses. Apresentam motivos náuticos e florais: barcos e orquídeas.
   Em 1988, a Casa foi doada ao Município, pelo Estado, foi tombada e inaugurada em 27 de junho de 1997, com a presença do próprio escritor e de sua família. Nesta casa Jorge Amado escreveu O País do Carnaval. 

                    

         O bar Vesúvio foi inaugurado, entre 1919 e 1920, no ponto mais freqüentado da cidade que começava a crescer e despontava como a mais importante do interior da Bahia.
      Seus primeiros proprietários foram dois italianos e seu nome é uma homenagem ao famoso vulcão localizado na terra natal dos proprietários.
        O bar ficou famoso por fazer parte do universo ficcional criado por Jorge Amado. O Vesúvio foi vendido a um português de nome Figueiredo, casado com uma linda mulata chamada Felipa, muito admirada pelos rapazes da época. Segundo Sá Barreto, é provável que a Gabriela de Jorge Amado tenha sido inspirada nesta moça de “fartas ancas” e cor de canela.
        É lá que se localiza o boneco de Jorge Amado feito como homenagem ao autor representando o lugar onde Jorge costumava se sentar todas as tardes e escrevia suas obras. 

 
                                                                        

           No ano de 1927, foi mandada demolir a capela de São Sebastião, para que fosse construída uma Catedral de São Sebestião em seu lugar. A construção da nova e majestosa catedral originou muita discussão, sobre o projeto e sobre a localização.


Este imponente templo da igreja católica representou o sonho da comunidade ilheense por mais de trinta anos. Ela representa o sonho do bispo que iniciou as obras, D. Eduardo, que foi sepultado na própria igreja e é até hoje motivo de idolatria, sendo considerado santo por muitos fiéis. A catedral foi inaugurada em 1967, levou mais de trinta anos para ser construída.
     O tamanho da igreja impressiona. Ela tem, em sua abóbada principal, 48 metros de altura. No que pese não poder ser considerada um primor de arquitetura, tem um enorme valor cultural, pelo que representa para a sociedade local e para a atividade turística do município.

   Segundo depoimen-tos a “maravilha das maravilhas foi a sua inauguração”. No dia da inauguração, a Catedral parecia um Vaticano em miniatura, tal a beleza, a pompa e circunstância daquela festa.
   A catedral de São Sebastião é, sem dúvida, o símbolo da cidade de São Jorge dos Ilhéus e ponto de atração turística dos mais importantes. Os turistas não deixam de visitá-la, reclamam nos períodos em que ela se encontra fechada e levam da cidade uma bela recordação da grandiosidade da igreja.

           


   O cabaré Bataclan tornou-se famoso por ser importante cenário no livro Gabriela, cravo e canela, de Jorge Amado.
  Ali os coronéis do cacau iam em busca de diversão quando vinham das fazendas para acertar negócios e vender cacau.
  Do ponto de vista da arquitetura, esse prédio não tem grande valor. Seu valor é cultural e está diretamente ligado à obra amadiana. É um dos locais mais procurados pelos turistas, que querem visitá-lo. Andou em ruína durante muito tempo e, no final da década de noventa, teve a fachada restaurada; foi reconstruído e transformado em espaço cultural. Era uma casa de diversão, com cassino, mulheres, música e bebida.
   Segundo depoimento de pessoas mais velhas, o cabaré não ocupava os dois andares, estava localizado apenas na parte de cima do prédio. No primeiro andar existia um armazém de secos e molhados, onde se guardavam mantimentos trazidos pelos navios. Na década de trinta o Bataclan não mais existia. Ainda segundo depoimentos, mais tarde, o prédio passou a ser do cabaré de Juninha. A dama do Bataclan chamava-se Antonia Machadão (Maria Machadão no romance Gabriela).  Há quem fale que existia uma passagem secreta do Vesúvio para o Bataclan, mas só existia um terreno baldio onde as pessoas passavam e nessas vindas e idas encontravam-se alguns coronéis. Quando os jogos e cassinos foram proibidos no Brasil e o Bataclan fecha as portas e fica praticamente abandonado. O prédio encontrava-se em ruínas e foi desapropriado pelo prefeito, em 1984, para ser transformado em espaço cultural.
  Após a reconstrução, realizada numa parceria da Prefeitura Municipal com a Petrobrás, foi transformado em espaço cultural, com café, local para exposições e uma réplica do quarto de Maria Machadão. Com dois meses de inaugurado, já havia recebido mais de onze mil visitantes. Hoje, a parte de cima do Bataclan serve como memorial com fotos antigas da cidade e uma réplica do quarto de Maria Machadão. 





 A Estância Hidromineral de Olivença é um dos mais importantes pontos do turismo ilheense. Está localizada a 16 quilômetros ao sul da sede, em estrada asfaltada, ao lado da praia em quase toda a sua extensão.
     As primeiras notícias que temos da Estância de Olivença são dadas por Silva Campos que afirma que, por volta de 1650 a vila de Ilhéus possuía uma aldeia de índios mansos, denominada Nossa Senhora da Escada. A aldeia pertencia aos padres jesuítas. A região onde está localizada a Estância Hidromineral possui águas ferruginosas que, dizem, pode curar muitas doenças. O mesmo autor afirma que uma das fontes recebeu o nome de Fonte dos Padres, certamente por causa do tempo dos jesuítas. 
    As águas dos rios daquela região são escuras e radioativas por conta da presença de cloro, ferro e iodo magnético, sendo indicada para as doenças da pele, rins, sistema circulatório e aparelho digestivo. O valor das suas águas foi descoberto pelo padre Torran, cujo valor medicinal comparou à de Vichy, na França
    Olivença, distrito de Ilhéus, possui vida própria, pois é um balneário localizado à beira mar, muito procurado pelos turistas. Lá encontramos pousadas, bares, o balneário da Tororomba, com piscina pública para adultos e crianças, com água corrente sem tratamento, e o “véu de noiva”, uma cortina artificial de água que é excelente para tirar o sal depois da praia e para amaciar os cabelos.







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