O
alto consumo de papel e a maior parte sendo produzida com métodos insustentáveis
está entre as atividades humanas mais impactantes do planeta. No
Brasil apenas 37% do papel produzido vão para a reciclagem. De todo
o papel reciclado,
80% são destinados à confecção de embalagens, 18% para papéis sanitários
e apenas 2% para impressão.
Esta
fermenta tão importante que utilizamos para brincar é ao mesmo
tempo algo valioso. O papel é utilizado em empresas, cartórios,
manuais, trabalhos escolares, livros entre outros. Mas aonde começou
a história desta folhinha tão importante?
O
presente trabalho relata sobre a história do papel, seu consumo, a
reciclagem algo muito importante e que gera emprego para várias
pessoas em todo o mundo, a sua composição, os tipos de papel, a sua
produção e algumas curiosidades.
História do papel
Rolo de papiro |
Os
registros pré-históricos de desenhos e sinais nas pedras e cavernas
foram o início de uma história contínua que retrata a cultura e os
hábitos de cada sociedade.
Na
Antiguidade, o povo egípcio desenvolveu uma forma de utilizar o
junco (papiro), ensopando-o com água e sovando até obter uma forma
de pergaminho, com espessura semelhante a um tecido.
Mas
o papel, tal como o conhecemos hoje, teve origem na China.
Antiga fabricação de papel |
A
maioria dos historiadores concorda em atribuir a Cai
Lun (ou Ts'ai
Lun) da China a
primazia de ter feito papel por meio da polpação de redes de
pesca e trapos, e mais tarde usando fibras vegetais. Este processo
consistia num cozimento forte das fibras, após o que eram batidas e
esmagadas. A pasta obtida pela dispersão das fibras era depurada e a
folha, formada sobre uma peneira feita de juncos delgados
unidos entre si por seda ou crina,
era fixada sobre uma armação de madeira.
Conseguia-se formar a folha celulósica sobre este molde, mediante
uma submersão do mesmo na tinta contendo a dispersão das fibras ou
mediante o despejo da certa quantidade da dispersão sobre o molde ou
peneira. Procedia-se a secagem da folha, comprimindo-a sobre a placa
de material poroso ou deixando-a pendurada ao ar. Os espécimes que
chegaram até os nossos dias provam que o papel feito pelos
antigos chineses era
de alta qualidade, o que permite, até mesmo, compará-los ao papel
feito atualmente.
Fabricação do papel
Fabricação do papel
FABRICAÇÃO
ANTIGA:
A
pasta de trapo foi o primeiro material usado para a fabricação
do papel. Os
trapos eram classificados, depurados, e depois cortados em pedaços,
à mão; mais tarde vieram as máquinas cortadoras simples. Os
trapos, exceto os de linho, eram submetidos a um processo de
maceração ou de fermentação.
O
processo durava, de cinco a trinta dias utilizando-se recipientes de
pedra, abrandando os trapos, em água. Para os trapos finos de linho
era suficiente deixá-los de molho várias horas em lixívia de
potassa empregando-se por cada cem quilos de trapos, uns quatro
quilos de potassa brutos. Para a obtenção de um bom papel era
imprescindível a fermentação dos trapos.
Moinho de martelo |
OS MOINHOS DE MARTELO:
Os
trapos fermentados eram tratados para serem desfibrados.
Em
virtude desse processo ser duro e penoso, a Holandesa começou a ser
usada no início do século XVII, para decompor a fibra dos trapos.
Esta "máquina refinadora" fazia em quatro ou cinco horas a
mesma quantidade de pasta que um antigo moinho de martelo com cinco
pedras gastava vinte e quatro horas.
No
ano de 1774, o químico alemão Scheele descobriu o efeito
branqueador do cloro, conseguindo com isso, não só aumentar a
brancura dos papéis como também, empregar como matéria-prima,
trapos mais grossos e coloridos.
OS
SÉCULOS XVII E XIX:
Em
1798 teve êxito a invenção, segundo a qual foi possível
fabricar papel em
máquina de folha contínua. Inventada pelo francês Nicolas Louis
Robert que por dificuldades financeiras e técnicas não conseguiu
desenvolvê-la, cedeu sua patente, aos irmãos Fourdrinier, que a
obtiveram juntamente com a Maquinaria Hall, de Dartford (Inglaterra)
e posteriormente com o Engº Bryan Donkin.
Assim a Máquina de
Papel Fourdrinier (Máquinas de Tela Plana) foi a primeira máquina
de folha contínua que se tem notícia
.
Depois
da Máquina Fourdrinier se lançaram no mercado outros tipos de
máquinas:
A
máquina cilíndrica.
A máquina de partida automática.
EVOLUÇÕES
MARCANTES:
Em
1806 Moritz Illig substitui a cola animal, pela resina e alúmem.
Quando
a fabricação de papel ganhou corpo, o uso de matéria-prima começou
a ser um sério problema: os
trapos velhos passaram a ser a solução, mas com a pequena
quantidade de roupa usada e com o crescente aumento do consumo de
papel, os soberanos proibiram as exportações.
Em
face disto, os papeleiros tiveram que dedicar suas atenções aos
estudos do naturalista Jakob C. Schaeffer que pretendia fazer papel
usando os mais variados materiais, tais como:
musgo,
urtigas, pinho, tábuas de ripa, etc. Em seis volumes Schaeffer
editou "Ensaios e Demonstrações para se fazer papel sem trapos
ou uma pequena adição dos mesmos". Infelizmente, os papeleiros
da época rechaçaram os Ensaios, ao invés de propagá-los.
Na
busca para substituir os trapos, Mathias Koops edita um livro em
1800, impresso em papel de palha.
Em 1884, Friedrich G. Keller
fabrica pasta de fibras, utilizando madeira pelo processo de
desfibramento, mas ainda junta trapos à mistura.
Mais tarde
percebeu que a pasta assim obtida era formada por fibras de celulose
impregnadas por outras substâncias da madeira (lignina).
Procurando
separar as fibras da celulose da lignina, foram sendo descobertos
vários processos:
Processo
de pasta mecânica
Processo
com soda
Processo
sulfito
Processo
sulfato (Kraft)
As
introduções das novas semipastas deram um importante passo na
eclosão de novos processos tecnológicos na fabricação de papel.
Máquinas correndo a velocidade de 1.200m por minuto, o uso da fibra
curta (eucalípto) para obtenção de celulose, a nova máquina
Vertform que substituiu com vantagens a tela plana, são alguns fatos
importantes.
FABRICAÇÃO
ATUAL
A
fabricação do papel,
tal como foi feita inicialmente por Ts'Ai Lun consiste essencialmente
de três etapas principais, partindo-se da matéria-prima que pode
ser a celulose, pasta mecânica ou reaproveitamento de papéis
usados.
As
três etapas são:
Preparação
da Massa
Formação
da folha
Secagem
Dependendo
do uso que terá o papel,
há uma série de tratamentos especiais antes, durante ou depois de
sua fabricação.
Assim,
se o papel se
destina à escrita ele deve ser um pouco absorvente para que se possa
escrever nele com tinta, ou um pouco áspero para o uso de lápis,
mas ele não pode ser tão absorvente como um mata-borrão. Para
isso, recebe um banho superficial de amido durante a secagem, além
de se adicionar breu durante a preparação de massa.
Se
o papel deve
ser resistente a certos esforços, a celulose deverá sofrer um
tratamento de moagem chamada "Refinação".
A
primeira etapa da fabricação de papel consta de:
Desfibramento
para soltar as fibras numa solução de água
Depuração
destinada a manter a pasta livre de impurezas
Refinação
que dará as qualidades exigidas ao papel através da moagem das
fibras
Na
preparação da massa outras operações são levadas a efeito:
Tingimento: são
colocados corantes para se obter a cor desejada.
Colagem: é
a adição do breu ou de colas preparadas
Correção
do pH: (acidez
ou alcalinidade) normalmente a celulose está em suspensão em água
alcalina, cuja alcalinidade deve ser parcial ou totalmente
neutralizada com sulfato de alumínio, que também vai ajudar na
colagem e tingimento.
Aditivos: colocação
de outros ingredientes para melhorar a qualidade do papel.
A
segunda etapa da fabricação do papel é a formação da folha,
feita através da suspensão das fibras de celulose em água, e que é
colocada sobre uma tela metálica. A água escoa através da tela e
as fibras são retiradas formando uma espécie de tecido, com os fios
muito pequenos e trançados entre si.
A
formação da folha poderá ser feita através de várias formas:
Manual: onde
a tela é simplesmente uma peneira
Mesas
Planas: a
tela metálica apóia-se sobre roletes e é estendida, para formar
uma área plana horizontal. Esta tela corre com velocidade constante
e recebe na parte inicial do setor plano, a suspensão das fibras, a
água escoa através da tela deixando as fibras.
Cilíndrica: a
tela metálica recobre um cilindro, que gira a velocidade constante
em uma suspensão de fibras, a água atravessa a tela dentro do
tambor e é daí retirada; as fibras aderem à tela, formando uma
folha que é retirada do tambor por um feltro.
A
terceira e última etapa é a secagem que é conseguida inicialmente
prensando-se a folha, para retirar toda a água possível, e depois,
passando a folha por cilindros de ferro aquecidos, que provocam a
evaporação da água.
Feitas
estas operações, o papel está pronto para uso, podendo ser cortado
no formato desejado.
Aqui temos um tutorial de como fazer papel reciclado. Fácil, simples e divertido!
MATÉRIA PRIMA
As fibras para a constituição do papel tem que ter certas propriedades especiais, tal como a celulose. Outra característica relevante é o baixo custo e a facilidade na obtenção do material. Todas essas características englobam as fibras vegetais, por esse motivo são as mais procuradas e mais usadas. A celulose só passou a ser usada na confecção de papel no ano de 1840, pelo alemão Keller. Anteriormente, o algodão, linho e o cânhamo eram os materiais usados no processo do papel.
A partir do uso da celulose como matéria prima para o papel, a indústria papeleira obteve notáveis avanços, contudo preservaram-se as cinco etapas básicas de produção. As principais fontes da celulose para a indústria papeleira são as madeiras de eucalipto e pinus.
As árvores utilizadas para a formação do papel, são as de eucalipto e a pinus. O plantio de ambas, ganham um aprimoramento genético, pois os produtores clonam as melhores matrizes para fazer o plantio, certificando-se de que haverá uma grande melhora no produto. O tempo de cultivo entre eles é diferente, enquanto que a do eucalipto são aproximadamente sete anos, a de pinus são quatorze anos. O conhecimento do tempo de plantio de cada uma delas, é de suma importância para todo o processo de plantio e colheita.
Ao longo dos anos, percebe-se os impactos que o desmatamento causa as vidas de todos. O Brasil, segundo maior país em termos de cobertura vegetal em média vinte mil quilômetros desmatados de vegetação por ano, de acordo com o site Mundo Educação, em decorrência dos incêndios e derrubadas. A produção de papel consome quase a metade da madeira cortada no mundo.
Ouvi-se falar em reflorestamento inicialmente no ano de 1903, pelo engenheiro Edmundo Navarro, em um contexto colonial e o avanço do café era necessário, locomotivas e para estas, era preciso combustível. Com isso as reservas florestais estavam se esvaindo sendo assim necessário pensar sobre o reflorestamento. Foi então que Edmundo, iniciou as práticas de cultivo de eucalipto. E sua pesquisa sobre essas práticas foram extensas e teve grande prestígio. Hoje, as florestas nacionais são cultivadas em áreas específicas, com insumos de alta qualidade, e, depois, colhida para uso industrial. Em seguida, nova floresta é plantada, perpetuando o ciclo plantio/colheita.
A grande a monocultura de árvores em grandes extensões de terra para a produção de celulose, de forma irregular, pode causa impactos ao meio ambiente, como :
- Desertificação das regiões plantadas: por serem árvores de crescimento rápido, há grande absorção de água, podendo levar ao secamento das nascentes e exaustão de mananciais de água subterrânea, afetando seriamente os recursos hídricos locais.
- Prejuízo aos solos: como toda monocultura, há exaustão dos solos, o que inviabiliza outras culturas. Além disto, o solo fica exposto durante dois anos após o plantio e dois anos após a colheita, facilitando a erosão.
- Redução da biodiversidade: a alteração do habitat de muitos animais faz com que nas regiões de monocultura de árvores só haja formigas e caturritas.
- Desmatamento: no Brasil, a associação do eucalipto como alimento aos fornos das siderúrgicas tem induzido o desmatamento nas regiões vizinhas a estas indústrias.
PAPEL
NO BRASIL
A
primeira fábrica de papel no Brasil entre 1809 e 1810 no Andaraí
Pequeno (Rio de Janeiro), foi construída por Henrique Nunes Cardoso
e Joaquim José da Silva, industriais portugueses transferidos para o
Brasil. Deve ter começado a funcionar entre 1810 e 1811, e pretendia
trabalhar com fibra vegetal. Outra fábrica aparece no Rio de
Janeiro, montada por André Gaillard em 1837 e logo em seguida em
1841, tem início a de Zeferino Ferraz, instalada na freguesia do
Engenho Velho.
O
português Moreira de Sá proclama a precedência da descoberta do
papel de pasta de madeira como estudo de seu laboratório, e produto
de sua fábrica num soneto de sua autoria, dedicado aos príncipes D.
João e Dona Carlota Joaquina impresso na primeira amostra assim
fabricado:
“A
química e os desejos trabalharam
não
debalde, senhor, que o fruto é este
outras
nações a tanto não chegaram."
Papel artesanal |
A
vinda de Moreira de Sá ao Brasil coincide com as experiências de
Frei Velozo em 1809 quando produziu o papel de imbira e experimentava
seu fabrico com outras plantas.
Marlene
Trindade, Artista e Professora da Escola de Belas Artes da
Universidade Federal de Minas Gerais, foi quem criou no ano de 1980 o
Atelier de Artes da Fibra, onde se deu início à pesquisa do papel
artesanal no Brasil. Participaram neste Atelier, que teve a duração
de um semestre, Diva Elena Buss, Joice Saturnino, Nícia Mafra, e
Paulo Campos. Com o incentivo de Marlene desvendaram-se os mistérios
do papel a partir de um livro por ela elaborado.
Marlene
preparou um novo curso para o Festival de Inverno de Diamantina/MG,
que gerou novos papeleiros. A semente que ela plantou, germinou,
cresceu, e deu muitos frutos. A partir deste novo começo, nunca mais
se parou de pesquisar e produzir papel artesanal no Brasil.
PAPEL
NO MUNDO
SÉCULO VII A XII - A ENTRADA NA EUROPA
A
ROTA DO PAPEL:
No
século VIII (ano 751), os chineses foram derrotados pelos árabes.
Dentre os prisioneiros que caíram nas mãos dos árabes, estavam
fabricantes de papel,
que levados a Samarkanda, a mais velha cidade da Ásia, transmitiram
seus conhecimentos aos árabes. A técnica de fabricar papel evoluiu
em curto espaço de tempo com o uso de amido derivado da farinha de
trigo, para a colagem das fibras no papel e o uso de sobras de linho,
cânhamo e outras fibras encontradas com facilidade, para a
preparação da pasta.
A entrada na Europa foi feita pelas
"caravanas" que transportavam a seda.
Melhoramentos
surgidos no século X:
Emprego
de cola animal para colagem.
Emprego
de filigrana.
A
França estabelece seu primeiro moinho de papel em
1338, na localidade de La Pielle. Assim, da Espanha e Itália, a
fabricação de papel se espalhou por toda a Europa.
Antes
da invenção da imprensa por Gutenberg, em 1440, os livros que eram
escritos à mão, tornaram-se acessíveis ao grande público,
exigindo quantidades maiores de papel.
Em
meados do século XVII, os holandeses haviam conseguido na Europa o
progresso mais importante na tecnologia da fabricação de papel.
Diante
da falta de força hidráulica na Holanda, os moinhos de papel
passaram a ser acionados pela força dos ventos. Desde 1670, no lugar
dos Moinhos de Martelos, passaram a ser utilizadas as Máquinas
Refinadoras de Cilindros (Holandesa).
Lentamente
a Holandesa foi se impondo, complementando os Moinhos de Martelo, que
preparava a semipasta para obtenção da pasta refinada e mais tarde
como Pila Holandesa Desfibradora que foi utilizada na Alemanha em
1710/1720.
PAPEL
HISTORICAMENTE
Antes
da criação do papel eram utilizados pelo homem diversos outros
tipos de suportes para escrita. Mas com o avançar dos anos, a
inteligência do homem foi desenvolvendo o que o fez criar então o
primeiro papel que era chamado de papiro.
Os anos foram evoluindo e o papel passou a ter importantes objetivos
como: ser utilizado nas pinturas, na criação de mapas e como meio
de deixar informações de fatos ocorridos.
O
papel é de suma importância para a história do Brasil e do mundo.
Durante o descobrimento onde Pero Vaz de Caminha teria escrito a
primeira carta do mundo onde foram registradas as primeiras
impressões sobre a terra que mais tarde seria nomeada BRASIL?
Planta de Brasília feita por Juscelino Kubitschek |
Foi em uma folha de papel que Juscelino Kubitschek fez a planta de Brasília, Princesa Isabel assinou a Lei Áurea sancionada em 13 de maio de 1888 que libertou os escravos e é onde esta escrita a lei fundamental, lei suprema, lei das leis, lei maior, magna carta, carta magna, carta mãe, carta da república, carta política, texto magno, ou simplesmente Constituição Federal.
Além
de ser usado para tantos fins formais o papel também é utilizado
como meio de comunicação entre pessoas que se amam. Muitos jovens
da época de 1860( Época
do Romantismo)
viviam amores proibidos e o único meio de se comunicarem era através
das cartas de amor.
As principais empresas de papel no Brasil e no mundo
Maiores produtores de papel
|
1º. China: 86.391 mil toneladas
2º. Estados Unidos: 71.613 3º. Japão: 26.279 4º. Alemanha: 20.902 5º. Canadá: 12.857 6º. Suécia: 10.933 7º. Finlândia: 10.602 8º. Coréia do Sul: 10.481 9º. Brasil: 9.368 10º. Indonésia: 9.363 |
Mundialmente
falando, uma das maiores empresas de fabricação de celulosa é a
Ásia Pulp and Paper (APP), fundada em 1972 tendo como objetivo unir
tecnologia e sustentabilidade além de trazer para século 21 uma
grande melhora na fabricação de papel. Localiza-se na Ásia.
Temos
também a GP Celulose a Harmon GP, empresas colaboradoras da Georgia
Pacific, que são os principais fabricantes e comerciantes de fibras
virgens e reciclados. Fazem uma variedade de produtos, incluindo
papel, toalhetes descartáveis e produtos de higiene. A GP Harmon é
um dos maiores comerciantes puras de fibras de papel, plástico e
metal reciclado.
No
Brasil, encontramos a Suzano ocupando o primeiro lugar na categoria
de maior produtora de papel e celulose, que localiza-se em São Paulo
e teve suas vendas em U$ de 2.990,02. Em segundo lugar, a Klabin,
localizada também em São Paulo com vendas de U$ 2.792,06. No
terceiro lugar está a Fibria localizada em São Paulo com rensa de
U$ 2.572,07. A Intercional Paper localiza-se em Mogi Guaçu e ocupa a
quarta posição, tem controle americano e renda de U$ 1.117,03.
Cenibra está em quinto lugar e tem seu controle japonês, tendo
vendas de U$ 897.9. Em sexto, tem o grupo Orsa, que possui controle
brasileiro, com renda de U$ 854,9 milhões. A Rigesa se encontra em
sétimo lugar no ranking das empresas brasileiras, com faturamento de
U$ 609,1 milhões. A empresa Veracel Celulose está no oitavo lugar
com faturamento de 480,4 milhões de dólares, com controle
sueco-finlandês. A empresa Mili se encontra em nono lugar com
faturamento de 389,6 milhões de dólares, controle brasileiro e sede
em Curitiba. É na Bahia a sede da empresa Bahia Speciality
Cellulose, que ocupa o décimo lugar tendo controle singapuriano e
faturamento de 371,4 milhões de dólares.
Suzano
Papel e Celulose foi criada, em São Paulo, no ano de 1924 pelo
ucraniano Leon Feffer. Mas a atual razão social só seria firmada
definitivamente na década de 80. Suzano
foi a primeira companhia nacional de seu setor a comercializar ações
na Bolsa de Valores, isso ocorreu em 1980. Hoje
a Suzano Papel e Celulose figura como a segunda maior produtora de
celulose de eucalipto do mundo e está entre as líderes da América
Latina no mercado de papel.
A
Suzano Papel e Celulose realiza sua produção de celulose nos mais
rígidos padrões de qualidade de reconhecimento internacional. A
produção da Suzano Pulp - assim é denominada a celulose produzida
pela empresa - desenvolve um produto final de características
resistente, opaca, macia com boa absorção, com qualidade de
impressão excelente e brancura.
A
Produção da celulose é realizada na unidade fabril Suzano Papel e
Celulose Limeira, onde é produzido a Suzano Pulp Limeira que sai
para o fornecimento embalada em fardos de 150 quilos.
Na
Suzano Papel e Celulose Bahia, unidade fabril de Mucuri, é produzido
a Suzano Pulp Bahia, que sai para o fornecimento em fardos de 250
quilos e é considerada no mercado como uma das mais limpas. Há
ainda a produção da Suzano Pulp Flash realizada na unidade fabril
da cidade de Suzano em versões semibranqueadas – voltadas para a
indústria eletroeletrônica - e branqueada. Sai para o fornecimento
em fardos de 200 quilos.
A
produção de papel com a qualidade da Suzano Papel e Celulose
compreende produtos como papéis não revestidos, produzidos com
fibra de eucalipto com excelente acabamento e alta qualidade de
impressão. São produzidos também papéis cut size voltados tanto
para o uso escolar como profissional, Papel Cartão que reúne
resistência e qualidade e papéis revestidos que são perfeitos para
o meio ambiente, uma vez que se trata do primeiro papel do mercado
100% reciclado.
No
segundo trimestre de 2012 a Suzano teve o faturamento de R$1.323
milhões em receita líquida, R$707 milhões no mercado externo e
R$617 milhões no mercado interno.
A
Klabin S.A. é a maior produtora e exportadora de papéis do Brasil,
e líder nos mercados de papéis e cartões para embalagens, caixas
de papelão ondulado, sacos industriais e madeira em toras para
serrarias e laminadoras. Sua capacidade produtiva é de 1,9 milhões
de toneladas de papéis, destinadas à conversão em embalagens de
papel ou exportadas para cerca de 70 países.
Com
unidades de reciclagem de papel em Guapimirim (RJ), Piracicaba (SP) e
Goiana (PE), a Klabin é a maior recicladora de papéis da América
do Sul, com capacidade anual de 200 mil toneladas.
Fundada
em 1899, possui atualmente 17 unidades industriais no Brasil -
distribuído por oito estados - e uma na Argentina.
Organizada
em quatro unidades de negócios – Florestal, Papéis, Papel cartão,
Kraftliner, Embalagens de Papelão Ondulado e Sacos Industriais –,
encerrou o ano de 2010 com lucro líquido de R$ 560 milhões.
Os
papéis reciclados são comercializados no Brasil e no exterior.
Os
efeitos dessa iniciativa são claros: redução da necessidade de
fibra virgem, do volume de lixo urbano e dos custos de produção.
Além de gerar renda para toda a cadeia de reciclagem.
É
importante ressaltar que as fibras têm capacidade limitada de
reciclagem: considera-se o limite de 5 a 7 ciclos. A cada reciclagem,
elas perdem tamanho, flexibilidade e a capacidade de ligação e, por
isso, a continuidade da produção de fibras virgens é necessária.
Os
papéis reciclados pela Klabin são utilizados, principalmente, em
suas fábricas convertedoras de embalagens de papelão ondulado.
Fibria
trabalha para garantir que a crescente demanda global por papel possa
ser atendida de forma sustentável. Entre seus clientes estão os
maiores fabricantes e distribuidores do produto nos principais
mercados consumidores, que agora incluem países com grandes
populações, como a China. Nesse contexto, a empresa busca
contribuir para uma sociedade sustentável, fornecendo com eficiência
econômica e responsabilidade social e ambiental a matéria-prima
preferida para a fabricação de tipos muito usados de papel: a
celulose de eucalipto. A
empresa tem os seguintes planos para um mundo sustentável: otimizar
o uso dos recursos naturais, contribuir para a mitigação do efeito
estufa, proteger a biodiversidade, aumentar a ecoeficiência,
fortalecer a interação entre empresa e sociedade.
A International
Paper é uma empresa estadunidense do ramo
de papel e celulose constituída em 1898 através
da aquisição de diversas empresas do setor. Através do mesmo
processo, em 2000 adquiriu empresas brasileiras (sendo
a mais conhecida delas a Chamex) formando a International Paper
do Brasil. A sede global da empresa está em Memphis,
no Tennessee mas está presente em diversos países do
mundo.
As
ações da International Paper são negociadas na Bolsa
de Nova York onde
participou do índice Dow
Jones Industrial Average de 3
de julho de 1956 a 7
de abril de 2004,
além disso também são negociadas ações em Amsterdã e
na Suíça.
Investindo
em tecnologia e inovação para oferecer produtos de alta qualidade,
a International Paper é uma das maiores fabricantes de papéis não
revestidos do mundo. No Brasil, o sistema produtivo da International
Paper é composto por duas fábricas de papel e celulose em Mogi
Guaçu e Luiz Antônio, no interior do estado de São Paulo, e uma
fábrica de papel em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul. Juntas, as
três unidades fabris produzem linhas de papéis cortados destinados
ao Brasil e a mercados externos, além de produtos da linha Chambril
para conversão e impressão.
A
International Paper possui 72 mil hectares de florestas renováveis
de eucalipto, destinadas à produção de celulose e papel. Também
mantém 24 mil hectares de áreas preservadas, para a conservação
das características originais das vegetações nativas. Essas
extensões territoriais estão distribuídas por Mogi Guaçu, Brotas
e Luiz Antônio.
A
companhia produz, anualmente, cerca de 16 milhões de mudas que são
destinadas ao plantio do eucalipto.
A
CENIBRA foi fundada no dia 13 de setembro de 1973. Localizada no
leste de Minas Gerais, é o resultado do espírito empreendedor da
Companhia Vale do Rio Doce - CVRD e da Japan Brazil Paper and Pulp
Resources Development Co., Ltd. – JBP, que apostaram no sonho de
construir uma grande empresa de base florestal. A CENIBRA opera com
uma unidade industrial no município de Belo Oriente (MG), com duas
linhas de produção de celulose branqueada de fibra curta de
eucalipto e capacidade instalada de 1.140.000 toneladas/ano.
Em
2001, a Japan Brazil Paper and Pulp Resources Development Co., Ltd. -
JBP adquiriu a participação da Cia. Vale do Rio Doce – CVRD,
atual Vale, assumindo o controle acionário da CENIBRA. A JBP é um
grupo de empresas japonesas, de larga experiência no relacionamento
com o Brasil. A
CENIBRA atua em 54 municípios, onde desenvolve diversos projetos
socioambientais, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento
da região. Os
trabalhos de reabilitação destes ecossistemas naturais se baseiam
no plantio de mudas de espécies nativas e cuidados com as já
existentes, na adubação e no controle de pragas e ervas invasoras. A
geração de caixa (EBITDA) em 2010 foi de R$ 534 milhões. A Receita
líquida obtida foi de R$ 1.410 milhões, resultado 35% superior ao
ano passado. O lucro líquido foi de R$ 335.204.000. Como
consequência dos ótimos resultados, a Empresa reduziu em,
aproximadamente, 30% o seu endividamento líquido, apresentando um
índice Endividamento/EBITDA de 1,2 um dos menores dos últimos anos.
Os investimentos da CENIBRA em 2010 atingiram US$ 84 milhões.
1°
|
Suzano
|
2°
|
Klabin
|
Sede
|
São Paulo
(SP)
|
Sede
|
São Paulo (SP)
|
Controle
|
Brasileiro
|
Controle
|
Brasileiro
|
Vendas
(em U$ milhões) |
2.990,2
|
Vendas
(em U$ milhões) |
2.792,6
|
3°
|
Fibria
|
4°
|
International Paper
|
||||
Sede
|
São Paulo (SP)
|
Sede
|
Mogi Guaçu (SP)
|
||||
Controle
|
Brasileiro
|
Controle
|
Americano
|
||||
Vendas
(em U$ milhões) |
2.572,7
|
Vendas
(em U$ milhões) |
1.117,3
|
||||
5°
|
Cenibra
|
6°
|
Grupo Orsa
|
||||
Sede
|
Belo Oriente
(MG)
|
Sede
|
Barueri (SP)
|
||||
Controle
|
Japonês
|
Controle
|
Brasileiro
|
||||
Vendas
(em U$ milhões) |
897,9
|
Vendas
(em U$ milhões) |
854,9
|
||||
CRONOLOGIA
DO PAPEL
- 105 a.C- A invenção do papel é atribuída a T’saiLun na China, fabricado a partir de fibras de cânhamo trituradas.
- 611 d.C- Instalam-se a manufatura do papel na China
- 794- Instala-se a fabricação de papel para o comércio, primeiro Damasco, depois em Bagdá
- 807-Produção de papel em Kioto, no Japão
- 877- Nota-se a existência do papel sanitário
- 900- O papel é fabricado no Egito pelos árabes
- 950- O papel chega pela primeira vez na Espanha através de livros
- 1150/1151- Os árabes chegam à Espanha fixando-se numa região de Valencia (Xavita) sendo instalado o primeiro ponto de fabricação na Europa
- 1309- Início da utilização do papel na Inglaterra
- 1320- Chegada do papel na Alemanha
- 1390- Instalação da primeira indústria na Alemanha
- 1405- Chegada do papel na região de Flandres, levado por uma espanhol
- 1450- Invenção da imprensa- Johannes Guttemberg e conseqüente procuram o papel
- 1550- Comercialização do papel de parede proveniente da China pelos espanhóis e holandeses em toda a Europa
- 1719- O naturalista francês Reaumur sugere o uso da madeira como matéria prima para o fabrico de papel, ao observar que as vespas mastigavam madeira podre e empregavam a pasta resultante para produzir substância semelhante ao papel na confecção dos seus ninhos.
- Meados do Séc. XIX- Surge a demanda de papel para a impressão de livrps, jornais e fabricação de outros produtos de consumo, levando à busca de fontes alternativas de fibras a serem transformadas em papel.
- 1809- Começa a fabricação de papel no Brasil, no Andaraí Pequeno, Rio de Janeiro
- 1840- Na Alemanha, desenvolve-se um processo para a trituração de madeira.As fibras são separadas e transformadas no que passou a ser conhecido como “pasta mecânica” de celulose
- 1854- É patenteado na Inglaterra um processo de produção de pasta celulósica através de tratamento com soda cáustica. A lignina, cimento orgânico que une as fibras, é dissolvida e removida, surgindo a primeira “pasta química”.
- 1860- Invenção do papel couché. Lançamento do papel higiênico em forma rolo. Surgem na Finlândia as primeiras leis sobre práticas de silvicultura.
- 1920/1930- Importante década para o desenvolvimento do papel no Brasil
Os
papeis usados, juntamente com rebarbas de papéis que sobram das
indústrias, são chamados de aparas e são a matéria-prima para a
produção de novos artefatos no processo de reciclagem. Alguns
produtos podem ser feitos com 100% de papel reciclado, já outros
ainda necessitam da adição de fibras virgens.
No
processo, as aparas são limpas, descoloridas e alvejadas (em alguns
casos). Após esta etapa obtém-se a pasta celulósica que precisa
ser refinada e, em alguns casos, adicionada de fibras virgens.
O QUE PODE SER RECICLADO
Saco
de papel, papel de escritório impresso, papel branco, papel misto,
papelão, embalagem longa vida, jornais e revistas, aparam de papel,
fotocópias, embalagens de ovo, Envelopes, folhas de cadernos,
rascunhos, formulários de computador, cartazes velhos, caixas em
geral, papel de FAX (sem parafina), cartões e cartolina.
NÃO-RECICLÁVEIS
Papel
engordurado, carbono, celofane, papel plastificado, papel parafinado
(fax), papel metalizado, papel laminado, papel toalha e higiênico,
papel vegetal, papel siliconizado, etiqueta adesiva, fita crepe,
papéis sanitários ou sujos guardanapos usados tocos de cigarro.
Observação
importante: os
papéis combinados com outros materiais (plastificados, metalizados,
papel carbono, etc.), ou muito sujos de graxa, gordura, alimentos, e
também os papéis higiênicos, não devem ser misturados com os
recicláveis, devendo ser descartados como lixo orgânico.
PAPELÃO ONDULADO
A
caixa de papelão ondulado tornou-se uma das mais importantes e
conhecidas embalagens nas últimas décadas. Resistente, leve e de
fácil obtenção, tem a maior parte de sua produção - cerca de 80%
- advinda da recuperação do papel velho. A produção mundial de
1998 foi de 1 bilhão e 600 milhões de toneladas, com uma taxa de
reciclagem de 71,6%, uma das maiores do mundo se comparada a outras
embalagens.
Dentre
seus maiores consumidores estão as indústrias de produtos
alimentícios e bebidas, eletrodomésticos, fruticultura e
avicultura.
O
papelão é reciclado no Brasil há muitas décadas e tem
reaproveitado mais de 1,6 milhões de toneladas de aparas de papel
velho por ano.
No
entanto, muito se desperdiça: o
papelão ainda representa cerca de 5% dos resíduos sólidos urbanos
coletados.
Composição Diferente
de outras caixas de papelão, a caixa de papelão ondulado é feita
de várias combinações de papéis que compõem a capa e o miolo -
papel-capa e papel-miolo. São realizados diversos testes físicos,
quanto ao desempenho que se deseja da embalagem.
TIPOS
DE PAPEL
TIPOS |
APLICAÇÕES |
Cartões
perfurados
|
Cartões
para computação de dados
|
Branco
|
Papéis
brancos de escritório, manuscritos, impressos, cadernos usados
sem capas;
|
Kraft
|
Sacos
de papel para cimento, sacos de papel de pão;
|
Jornais
|
Jornais;
|
Cartolina
|
Cartão
e cartolina;
|
Ondulado
|
Caixa
de papelão ondulado;
|
Revistas
|
Revistas;
|
Misto
|
Papéis
usados mistos de escritórios, gráficas, lojas comerciais,
residências;
|
Tipografia
|
Aparas
de gráficas e tipografias
|
Entre
os muitos conhecidos podem-se citar:
- Papel ácido
- Papel alcalino
- Papel artesanal
- Papel autocopiativo
- Papel bíblia
- Papel couché
- Papel dobradura
- Papel de seda
- GlinteR - Uma espécie de papel termossensível;
- Papel higiênico
- Papel fotocopiador
- Papel fotográfico
- Papel offset;
- Papel termossensível
- Papel reciclado
- Papel presente
- Papel vegetal
- Papel vergé
- Papel sulfiteCURIOSIDADES
- Se 1 milhão de pessoas usarem o verso do papel para escrever e desenhar, a cada mês será preservada uma área de floresta equivalente a 18 campos de futebol.
- Quem nunca recorreu às páginas amarelas para encontrar algum serviço ou número de telefone? Essas páginas famosas, impressas em papel de baixa qualidade, e disponíveis em listas telefônicas no mundo todo foram inventadas por Loren Murphy Berry, um norte-americano, nascido no Estado de Indiana.
- Dinheiro: um pedaço de folha que tem valor de troca. Historicamente o papel-moeda começou na Idade Média, quando recibos de papel de depósitos de ouro circulavam com valor de troca. Essa era a moeda-corrente na época.
- Em 1848, na Bahia, surgia a primeira fábrica para beneficiamento da fibra de bananeira, utilizada como matéria-prima para a produção do papel.
- Você sabia que a Santa Maria é a única empresa no Brasil que possui um sistema para evitar a formação de depósitos resultantes de atividade microbiológica e que visa a redução e eliminação do uso de biocidas, proporcionando um menor impacto ao meio ambiente?
- Você sabia que o papel moeda utilizado por todos tem em sua composição aproximadamente 10% de fibra de algodão, além de fibra longa e de outros compostos especiais? No Brasil apenas uma fábrica produz esse tipo de papel.
- Você sabia que durante a produção de papéis existe um consumo de água de cerca de 12000 litros para cada tonelada de papel?
O
papel é algo tão importante e ao mesmo tempo tão discreto em
nossas vidas, passou por várias transformações. Desde a sua origem
até atualmente e irá continuar evoluindo, porém esse avanço está
causando alguns impactos ambientais, com a derrubada das árvores
para a retirada da matéria prima, vamos ser conscientes ao derrubar
uma árvore plantarmos outra em seguida. Isso não irá prejudicar
ninguém, apenas salvar algo que esta se tornando cada vez mais raro.
Com o desenvolvimento deste trabalho pude perceber que as pessoas não
estão dando o devido valor a esta folhinha que você esta lendo.
Vamos parar e repensar nossos atos. Vamos ser sustentáveis sem
deixar de ser empreendedor, existem maneiras de ganhar dinheiro de
forma sustentável. Descubra a sua também, futuro empreendedor.
Agora confira um resumo de tudo que você viu aqui!
De Onde Vem o Papel??
Agora confira um resumo de tudo que você viu aqui!
De Onde Vem o Papel??
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