quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Qual o seu papel!?

 O alto consumo de papel e a maior parte sendo produzida com métodos insustentáveis está entre as atividades humanas mais impactantes do planeta. No Brasil apenas 37% do papel produzido vão para a reciclagem. De todo o papel reciclado, 80% são destinados à confecção de embalagens, 18% para papéis sanitários e apenas 2% para impressão.
Esta fermenta tão importante que utilizamos para brincar é ao mesmo tempo algo valioso. O papel é utilizado em empresas, cartórios, manuais, trabalhos escolares, livros entre outros. Mas aonde começou a história desta folhinha tão importante?
O presente trabalho relata sobre a história do papel, seu consumo, a reciclagem algo muito importante e que gera emprego para várias pessoas em todo o mundo, a sua composição, os tipos de papel, a sua produção e algumas curiosidades.


História do papel
 Rolo de papiro
 Os registros pré-históricos de desenhos e sinais nas pedras e cavernas foram o início de uma história contínua que retrata a cultura e os hábitos de cada sociedade.
Na Antiguidade, o povo egípcio desenvolveu uma forma de utilizar o junco (papiro), ensopando-o com água e sovando até obter uma forma de pergaminho, com espessura semelhante a um tecido.
Mas o papel, tal como o conhecemos hoje, teve origem na China.






Antiga fabricação de papel
A maioria dos historiadores concorda em atribuir a Cai Lun (ou Ts'ai Lun) da China a primazia de ter feito papel por meio da polpação de redes de pesca e trapos, e mais tarde usando fibras vegetais. Este processo consistia num cozimento forte das fibras, após o que eram batidas e esmagadas. A pasta obtida pela dispersão das fibras era depurada e a folha, formada sobre uma peneira feita de juncos delgados unidos entre si por seda ou crina, era fixada sobre uma armação de madeira. Conseguia-se formar a folha celulósica sobre este molde, mediante uma submersão do mesmo na tinta contendo a dispersão das fibras ou mediante o despejo da certa quantidade da dispersão sobre o molde ou peneira. Procedia-se a secagem da folha, comprimindo-a sobre a placa de material poroso ou deixando-a pendurada ao ar. Os espécimes que chegaram até os nossos dias provam que o papel feito pelos antigos chineses era de alta qualidade, o que permite, até mesmo, compará-los ao papel feito atualmente.

Fabricação do papel

FABRICAÇÃO ANTIGA:

A pasta de trapo foi o primeiro material usado para a fabricação do papelOs trapos eram classificados, depurados, e depois cortados em pedaços, à mão; mais tarde vieram as máquinas cortadoras simples. Os trapos, exceto os de linho, eram submetidos a um processo de maceração ou de fermentação.
O processo durava, de cinco a trinta dias utilizando-se recipientes de pedra, abrandando os trapos, em água. Para os trapos finos de linho era suficiente deixá-los de molho várias horas em lixívia de potassa empregando-se por cada cem quilos de trapos, uns quatro quilos de potassa brutos. Para a obtenção de um bom papel era imprescindível a fermentação dos trapos.
Moinho de martelo

OS MOINHOS DE MARTELO: 

Os trapos fermentados eram tratados para serem desfibrados.
Em virtude desse processo ser duro e penoso, a Holandesa começou a ser usada no início do século XVII, para decompor a fibra dos trapos. Esta "máquina refinadora" fazia em quatro ou cinco horas a mesma quantidade de pasta que um antigo moinho de martelo com cinco pedras gastava vinte e quatro horas.
No ano de 1774, o químico alemão Scheele descobriu o efeito branqueador do cloro, conseguindo com isso, não só aumentar a brancura dos papéis como também, empregar como matéria-prima, trapos mais grossos e coloridos.

OS SÉCULOS XVII E XIX:

Em 1798 teve êxito a invenção, segundo a qual foi possível fabricar papel em máquina de folha contínua. Inventada pelo francês Nicolas Louis Robert que por dificuldades financeiras e técnicas não conseguiu desenvolvê-la, cedeu sua patente, aos irmãos Fourdrinier, que a obtiveram juntamente com a Maquinaria Hall, de Dartford (Inglaterra) e posteriormente com o Engº Bryan Donkin.
Assim a Máquina de Papel Fourdrinier (Máquinas de Tela Plana) foi a primeira máquina de folha contínua que se tem notícia
.
Depois da Máquina Fourdrinier se lançaram no mercado outros tipos de máquinas:

A máquina cilíndrica.
A máquina de partida automática.

EVOLUÇÕES MARCANTES:

Em 1806 Moritz Illig substitui a cola animal, pela resina e alúmem.

Quando a fabricação de papel ganhou corpo, o uso de matéria-prima começou a ser um sério problema: os trapos velhos passaram a ser a solução, mas com a pequena quantidade de roupa usada e com o crescente aumento do consumo de papel, os soberanos proibiram as exportações.
Em face disto, os papeleiros tiveram que dedicar suas atenções aos estudos do naturalista Jakob C. Schaeffer que pretendia fazer papel usando os mais variados materiais, tais como: 
musgo, urtigas, pinho, tábuas de ripa, etc. Em seis volumes Schaeffer editou "Ensaios e Demonstrações para se fazer papel sem trapos ou uma pequena adição dos mesmos". Infelizmente, os papeleiros da época rechaçaram os Ensaios, ao invés de propagá-los.

Na busca para substituir os trapos, Mathias Koops edita um livro em 1800, impresso em papel de palha.
Em 1884, Friedrich G. Keller fabrica pasta de fibras, utilizando madeira pelo processo de desfibramento, mas ainda junta trapos à mistura.

Mais tarde percebeu que a pasta assim obtida era formada por fibras de celulose impregnadas por outras substâncias da madeira (lignina).

Procurando separar as fibras da celulose da lignina, foram sendo descobertos vários processos:

Processo de pasta mecânica
Processo com soda
Processo sulfito
Processo sulfato (Kraft)
As introduções das novas semipastas deram um importante passo na eclosão de novos processos tecnológicos na fabricação de papel. Máquinas correndo a velocidade de 1.200m por minuto, o uso da fibra curta (eucalípto) para obtenção de celulose, a nova máquina Vertform que substituiu com vantagens a tela plana, são alguns fatos importantes.

FABRICAÇÃO ATUAL

A fabricação do papel, tal como foi feita inicialmente por Ts'Ai Lun consiste essencialmente de três etapas principais, partindo-se da matéria-prima que pode ser a celulose, pasta mecânica ou reaproveitamento de papéis usados.

As três etapas são:
Ilustração da fabricação de papel

Preparação da Massa
Formação da folha
Secagem
Dependendo do uso que terá o papel, há uma série de tratamentos especiais antes, durante ou depois de sua fabricação.
Assim, se o papel se destina à escrita ele deve ser um pouco absorvente para que se possa escrever nele com tinta, ou um pouco áspero para o uso de lápis, mas ele não pode ser tão absorvente como um mata-borrão. Para isso, recebe um banho superficial de amido durante a secagem, além de se adicionar breu durante a preparação de massa.
Se o papel deve ser resistente a certos esforços, a celulose deverá sofrer um tratamento de moagem chamada "Refinação".

A primeira etapa da fabricação de papel consta de:

Desfibramento para soltar as fibras numa solução de água
Depuração destinada a manter a pasta livre de impurezas
Refinação que dará as qualidades exigidas ao papel através da moagem das fibras

Na preparação da massa outras operações são levadas a efeito:

Tingimento: são colocados corantes para se obter a cor desejada.
Colagem: é a adição do breu ou de colas preparadas
Correção do pH: (acidez ou alcalinidade) normalmente a celulose está em suspensão em água alcalina, cuja alcalinidade deve ser parcial ou totalmente neutralizada com sulfato de alumínio, que também vai ajudar na colagem e tingimento.
Aditivos: colocação de outros ingredientes para melhorar a qualidade do papel.
A segunda etapa da fabricação do papel é a formação da folha, feita através da suspensão das fibras de celulose em água, e que é colocada sobre uma tela metálica. A água escoa através da tela e as fibras são retiradas formando uma espécie de tecido, com os fios muito pequenos e trançados entre si.

A formação da folha poderá ser feita através de várias formas:

Manual: onde a tela é simplesmente uma peneira

Mesas Planas: a tela metálica apóia-se sobre roletes e é estendida, para formar uma área plana horizontal. Esta tela corre com velocidade constante e recebe na parte inicial do setor plano, a suspensão das fibras, a água escoa através da tela deixando as fibras.

Cilíndrica: a tela metálica recobre um cilindro, que gira a velocidade constante em uma suspensão de fibras, a água atravessa a tela dentro do tambor e é daí retirada; as fibras aderem à tela, formando uma folha que é retirada do tambor por um feltro.
A terceira e última etapa é a secagem que é conseguida inicialmente prensando-se a folha, para retirar toda a água possível, e depois, passando a folha por cilindros de ferro aquecidos, que provocam a evaporação da água.
Feitas estas operações, o papel está pronto para uso, podendo ser cortado no formato desejado.


Aqui temos um tutorial de como fazer papel reciclado. Fácil, simples e divertido! 




MATÉRIA PRIMA

As fibras para a constituição do papel tem que ter certas propriedades especiais, tal como a celulose. Outra característica relevante é o baixo custo e a facilidade na obtenção do material. Todas essas características englobam as fibras vegetais, por esse motivo são as mais procuradas e mais usadas. A celulose só passou a ser usada na confecção de papel no ano de 1840, pelo alemão Keller. Anteriormente, o algodão, linho e o cânhamo eram os materiais usados no processo do papel.
A partir do uso da celulose como matéria prima para o papel, a indústria papeleira obteve notáveis avanços, contudo preservaram-se as cinco etapas básicas de produção. As principais fontes da celulose para a indústria papeleira são as madeiras de eucalipto e pinus.
As árvores utilizadas para a formação do papel, são as de eucalipto e a pinus. O plantio de ambas, ganham um aprimoramento genético, pois os produtores clonam as melhores matrizes para fazer o plantio, certificando-se de que haverá uma grande melhora no produto. O tempo de cultivo entre eles é diferente, enquanto que a do eucalipto são aproximadamente sete anos, a de pinus são quatorze anos. O conhecimento do tempo de plantio de cada uma delas, é de suma importância para todo o processo de plantio e colheita.
Ao longo dos anos, percebe-se os impactos que o desmatamento causa as vidas de todos. O Brasil, segundo maior país em termos de cobertura vegetal em média vinte mil quilômetros desmatados de vegetação por ano, de acordo com o site Mundo Educação, em decorrência dos incêndios e derrubadas. A produção de papel consome quase a metade da madeira cortada no mundo.
Ouvi-se falar em reflorestamento inicialmente no ano de 1903, pelo engenheiro Edmundo Navarro, em um contexto colonial e o avanço do café era necessário, locomotivas e para estas, era preciso combustível. Com isso as reservas florestais estavam se esvaindo sendo assim necessário pensar sobre o reflorestamento. Foi então que Edmundo, iniciou as práticas de cultivo de eucalipto. E sua pesquisa sobre essas práticas foram extensas e teve grande prestígio. Hoje, as florestas nacionais são cultivadas em áreas específicas, com insumos de alta qualidade, e, depois, colhida para uso industrial. Em seguida, nova floresta é plantada, perpetuando o ciclo plantio/colheita.

A grande a monocultura de árvores em grandes extensões de terra para a produção de celulose, de forma irregular, pode causa impactos ao meio ambiente, como :
  • Desertificação das regiões plantadas: por serem árvores de crescimento rápido, há grande absorção de água, podendo levar ao secamento das nascentes e exaustão de mananciais de água subterrânea, afetando seriamente os recursos hídricos locais. 
  • Prejuízo aos solos: como toda monocultura, há exaustão dos solos, o que inviabiliza outras culturas. Além disto, o solo fica exposto durante dois anos após o plantio e dois anos após a colheita, facilitando a erosão.
  • Redução da biodiversidade: a alteração do habitat de muitos animais faz com que nas regiões de monocultura de árvores só haja formigas e caturritas.
  • Desmatamento: no Brasil, a associação do eucalipto como alimento aos fornos das siderúrgicas tem induzido o desmatamento nas regiões vizinhas a estas indústrias.

PAPEL NO BRASIL
A primeira fábrica de papel no Brasil entre 1809 e 1810 no Andaraí Pequeno (Rio de Janeiro), foi construída por Henrique Nunes Cardoso e Joaquim José da Silva, industriais portugueses transferidos para o Brasil. Deve ter começado a funcionar entre 1810 e 1811, e pretendia trabalhar com fibra vegetal. Outra fábrica aparece no Rio de Janeiro, montada por André Gaillard em 1837 e logo em seguida em 1841, tem início a de Zeferino Ferraz, instalada na freguesia do Engenho Velho.
O português Moreira de Sá proclama a precedência da descoberta do papel de pasta de madeira como estudo de seu laboratório, e produto de sua fábrica num soneto de sua autoria, dedicado aos príncipes D. João e Dona Carlota Joaquina impresso na primeira amostra assim fabricado:
“A química e os desejos trabalharam
não debalde, senhor, que o fruto é este
outras nações a tanto não chegaram."
Papel artesanal
A vinda de Moreira de Sá ao Brasil coincide com as experiências de Frei Velozo em 1809 quando produziu o papel de imbira e experimentava seu fabrico com outras plantas.
Marlene Trindade, Artista e Professora da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais, foi quem criou no ano de 1980 o Atelier de Artes da Fibra, onde se deu início à pesquisa do papel artesanal no Brasil. Participaram neste Atelier, que teve a duração de um semestre, Diva Elena Buss, Joice Saturnino, Nícia Mafra, e Paulo Campos. Com o incentivo de Marlene desvendaram-se os mistérios do papel a partir de um livro por ela elaborado.
Marlene preparou um novo curso para o Festival de Inverno de Diamantina/MG, que gerou novos papeleiros. A semente que ela plantou, germinou, cresceu, e deu muitos frutos. A partir deste novo começo, nunca mais se parou de pesquisar e produzir papel artesanal no Brasil. 

PAPEL NO MUNDO

SÉCULO VII A XII - A ENTRADA NA EUROPA

A ROTA DO PAPEL:


No século VIII (ano 751), os chineses foram derrotados pelos árabes. Dentre os prisioneiros que caíram nas mãos dos árabes, estavam fabricantes de papel, que levados a Samarkanda, a mais velha cidade da Ásia, transmitiram seus conhecimentos aos árabes. A técnica de fabricar papel evoluiu em curto espaço de tempo com o uso de amido derivado da farinha de trigo, para a colagem das fibras no papel e o uso de sobras de linho, cânhamo e outras fibras encontradas com facilidade, para a preparação da pasta.

A entrada na Europa foi feita pelas "caravanas" que transportavam a seda.


Melhoramentos surgidos no século X:


Escrita à mão na folha de papiro
Uso de moinhos de martelos movidos a força hidráulica. 

Emprego de cola animal para colagem. 

Emprego de filigrana.
A França estabelece seu primeiro moinho de papel em 1338, na localidade de La Pielle. Assim, da Espanha e Itália, a fabricação de papel se espalhou por toda a Europa.
Antes da invenção da imprensa por Gutenberg, em 1440, os livros que eram escritos à mão, tornaram-se acessíveis ao grande público, exigindo quantidades maiores de papel.
Em meados do século XVII, os holandeses haviam conseguido na Europa o progresso mais importante na tecnologia da fabricação de papel.

Diante da falta de força hidráulica na Holanda, os moinhos de papel passaram a ser acionados pela força dos ventos. Desde 1670, no lugar dos Moinhos de Martelos, passaram a ser utilizadas as Máquinas Refinadoras de Cilindros (Holandesa). 

Lentamente a Holandesa foi se impondo, complementando os Moinhos de Martelo, que preparava a semipasta para obtenção da pasta refinada e mais tarde como Pila Holandesa Desfibradora que foi utilizada na Alemanha em 1710/1720.

PAPEL HISTORICAMENTE


Antes da criação do papel eram utilizados pelo homem diversos outros tipos de suportes para escrita. Mas com o avançar dos anos, a inteligência do homem foi desenvolvendo o que o fez criar então o primeiro papel que era chamado de papiro. Os anos foram evoluindo e o papel passou a ter importantes objetivos como: ser utilizado nas pinturas, na criação de mapas e como meio de deixar informações de fatos ocorridos.
O papel é de suma importância para a história do Brasil e do mundo. Durante o descobrimento onde Pero Vaz de Caminha teria escrito a primeira carta do mundo onde foram registradas as primeiras impressões sobre a terra que mais tarde seria nomeada BRASIL?
Carta de Pero Vaz de Caminha


(...) Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa metal, ou ferro; nem lha vimos. Contudo a terra em si é de muito bons ares frescos (...)”.







Planta de Brasília feita por Juscelino Kubitschek

Foi em uma folha de papel que Juscelino Kubitschek fez a planta de Brasília, Princesa Isabel assinou a Lei Áurea sancionada em 13 de maio de 1888 que libertou os escravos e é onde esta escrita a lei fundamental, lei suprema, lei das leis, lei maior, magna carta, carta magna, carta mãe, carta da república, carta política, texto magno, ou simplesmente Constituição Federal.
Além de ser usado para tantos fins formais o papel também é utilizado como meio de comunicação entre pessoas que se amam. Muitos jovens da época de 1860( Época do Romantismo) viviam amores proibidos e o único meio de se comunicarem era através das cartas de amor.





As principais empresas de papel no Brasil e no mundo


Maiores produtores de papel
1º. China: 86.391 mil toneladas
2º. Estados Unidos: 71.613
3º. Japão: 26.279
4º. Alemanha: 20.902
5º. Canadá: 12.857
6º. Suécia: 10.933
7º. Finlândia: 10.602
8º. Coréia do Sul: 10.481
9º. Brasil: 9.368
10º. Indonésia: 9.363

Mundialmente falando, uma das maiores empresas de fabricação de celulosa é a Ásia Pulp and Paper (APP), fundada em 1972 tendo como objetivo unir tecnologia e sustentabilidade além de trazer para século 21 uma grande melhora na fabricação de papel. Localiza-se na Ásia.
Temos também a GP Celulose a Harmon GP, empresas colaboradoras da Georgia Pacific, que são os principais fabricantes e comerciantes de fibras virgens e reciclados. Fazem uma variedade de produtos, incluindo papel, toalhetes descartáveis e produtos de higiene. A GP Harmon é um dos maiores comerciantes puras de fibras de papel, plástico e metal reciclado.
No Brasil, encontramos a Suzano ocupando o primeiro lugar na categoria de maior produtora de papel e celulose, que localiza-se em São Paulo e teve suas vendas em U$ de 2.990,02. Em segundo lugar, a Klabin, localizada também em São Paulo com vendas de U$ 2.792,06. No terceiro lugar está a Fibria localizada em São Paulo com rensa de U$ 2.572,07. A Intercional Paper localiza-se em Mogi Guaçu e ocupa a quarta posição, tem controle americano e renda de U$ 1.117,03. Cenibra está em quinto lugar e tem seu controle japonês, tendo vendas de U$ 897.9. Em sexto, tem o grupo Orsa, que possui controle brasileiro, com renda de U$ 854,9 milhões. A Rigesa se encontra em sétimo lugar no ranking das empresas brasileiras, com faturamento de U$ 609,1 milhões. A empresa Veracel Celulose está no oitavo lugar com faturamento de 480,4 milhões de dólares, com controle sueco-finlandês. A empresa Mili se encontra em nono lugar com faturamento de 389,6 milhões de dólares, controle brasileiro e sede em Curitiba. É na Bahia a sede da empresa Bahia Speciality Cellulose, que ocupa o décimo lugar tendo controle singapuriano e faturamento de 371,4 milhões de dólares.

Suzano Papel e Celulose foi criada, em São Paulo, no ano de 1924 pelo ucraniano Leon Feffer. Mas a atual razão social só seria firmada definitivamente na década de 80. Suzano foi a primeira companhia nacional de seu setor a comercializar ações na Bolsa de Valores, isso ocorreu em 1980. Hoje a Suzano Papel e Celulose figura como a segunda maior produtora de celulose de eucalipto do mundo e está entre as líderes da América Latina no mercado de papel.
A Suzano Papel e Celulose realiza sua produção de celulose nos mais rígidos padrões de qualidade de reconhecimento internacional. A produção da Suzano Pulp - assim é denominada a celulose produzida pela empresa - desenvolve um produto final de características resistente, opaca, macia com boa absorção, com qualidade de impressão excelente e brancura.
A Produção da celulose é realizada na unidade fabril Suzano Papel e Celulose Limeira, onde é produzido a Suzano Pulp Limeira que sai para o fornecimento embalada em fardos de 150 quilos.
Na Suzano Papel e Celulose Bahia, unidade fabril de Mucuri, é produzido a Suzano Pulp Bahia, que sai para o fornecimento em fardos de 250 quilos e é considerada no mercado como uma das mais limpas. Há ainda a produção da Suzano Pulp Flash realizada na unidade fabril da cidade de Suzano em versões semibranqueadas – voltadas para a indústria eletroeletrônica - e branqueada. Sai para o fornecimento em fardos de 200 quilos.
A produção de papel com a qualidade da Suzano Papel e Celulose compreende produtos como papéis não revestidos, produzidos com fibra de eucalipto com excelente acabamento e alta qualidade de impressão. São produzidos também papéis cut size voltados tanto para o uso escolar como profissional, Papel Cartão que reúne resistência e qualidade e papéis revestidos que são perfeitos para o meio ambiente, uma vez que se trata do primeiro papel do mercado 100% reciclado.
No segundo trimestre de 2012 a Suzano teve o faturamento de R$1.323 milhões em receita líquida, R$707 milhões no mercado externo e R$617 milhões no mercado interno.


A Klabin S.A. é a maior produtora e exportadora de papéis do Brasil, e líder nos mercados de papéis e cartões para embalagens, caixas de papelão ondulado, sacos industriais e madeira em toras para serrarias e laminadoras. Sua capacidade produtiva é de 1,9 milhões de toneladas de papéis, destinadas à conversão em embalagens de papel ou exportadas para cerca de 70 países.
Com unidades de reciclagem de papel em Guapimirim (RJ), Piracicaba (SP) e Goiana (PE), a Klabin é a maior recicladora de papéis da América do Sul, com capacidade anual de 200 mil toneladas.
Fundada em 1899, possui atualmente 17 unidades industriais no Brasil - distribuído por oito estados - e uma na Argentina.
Organizada em quatro unidades de negócios – Florestal, Papéis, Papel cartão, Kraftliner, Embalagens de Papelão Ondulado e Sacos Industriais –, encerrou o ano de 2010 com lucro líquido de R$ 560 milhões.
Os papéis reciclados são comercializados no Brasil e no exterior. 
Os efeitos dessa iniciativa são claros: redução da necessidade de fibra virgem, do volume de lixo urbano e dos custos de produção. Além de gerar renda para toda a cadeia de reciclagem. 
É importante ressaltar que as fibras têm capacidade limitada de reciclagem: considera-se o limite de 5 a 7 ciclos. A cada reciclagem, elas perdem tamanho, flexibilidade e a capacidade de ligação e, por isso, a continuidade da produção de fibras virgens é necessária.
Os papéis reciclados pela Klabin são utilizados, principalmente, em suas fábricas convertedoras de embalagens de papelão ondulado.
Fibria trabalha para garantir que a crescente demanda global por papel possa ser atendida de forma sustentável. Entre seus clientes estão os maiores fabricantes e distribuidores do produto nos principais mercados consumidores, que agora incluem países com grandes populações, como a China. Nesse contexto, a empresa busca contribuir para uma sociedade sustentável, fornecendo com eficiência econômica e responsabilidade social e ambiental a matéria-prima preferida para a fabricação de tipos muito usados de papel: a celulose de eucalipto. A empresa tem os seguintes planos para um mundo sustentável: otimizar o uso dos recursos naturais, contribuir para a mitigação do efeito estufa, proteger a biodiversidade, aumentar a ecoeficiência, fortalecer a interação entre empresa e sociedade.
A International Paper é uma empresa estadunidense do ramo de papel e celulose constituída em 1898 através da aquisição de diversas empresas do setor. Através do mesmo processo, em 2000 adquiriu empresas brasileiras (sendo a mais conhecida delas a Chamex) formando a International Paper do Brasil. A sede global da empresa está em Memphis, no Tennessee mas está presente em diversos países do mundo.
As ações da International Paper são negociadas na Bolsa de Nova York onde participou do índice Dow Jones Industrial Average de 3 de julho de 1956 a 7 de abril de 2004, além disso também são negociadas ações em Amsterdã e na Suíça.

Investindo em tecnologia e inovação para oferecer produtos de alta qualidade, a International Paper é uma das maiores fabricantes de papéis não revestidos do mundo. No Brasil, o sistema produtivo da International Paper é composto por duas fábricas de papel e celulose em Mogi Guaçu e Luiz Antônio, no interior do estado de São Paulo, e uma fábrica de papel em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul. Juntas, as três unidades fabris produzem linhas de papéis cortados destinados ao Brasil e a mercados externos, além de produtos da linha Chambril para conversão e impressão.
A International Paper possui 72 mil hectares de florestas renováveis de eucalipto, destinadas à produção de celulose e papel. Também mantém 24 mil hectares de áreas preservadas, para a conservação das características originais das vegetações nativas. Essas extensões territoriais estão distribuídas por Mogi Guaçu, Brotas e Luiz Antônio.
A companhia produz, anualmente, cerca de 16 milhões de mudas que são destinadas ao plantio do eucalipto. 
A CENIBRA foi fundada no dia 13 de setembro de 1973. Localizada no leste de Minas Gerais, é o resultado do espírito empreendedor da Companhia Vale do Rio Doce - CVRD e da Japan Brazil Paper and Pulp Resources Development Co., Ltd. – JBP, que apostaram no sonho de construir uma grande empresa de base florestal. A CENIBRA opera com uma unidade industrial no município de Belo Oriente (MG), com duas linhas de produção de celulose branqueada de fibra curta de eucalipto e capacidade instalada de 1.140.000 toneladas/ano.
Em 2001, a Japan Brazil Paper and Pulp Resources Development Co., Ltd. - JBP adquiriu a participação da Cia. Vale do Rio Doce – CVRD, atual Vale, assumindo o controle acionário da CENIBRA. A JBP é um grupo de empresas japonesas, de larga experiência no relacionamento com o Brasil. A CENIBRA atua em 54 municípios, onde desenvolve diversos projetos socioambientais, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento da região. Os trabalhos de reabilitação destes ecossistemas naturais se baseiam no plantio de mudas de espécies nativas e cuidados com as já existentes, na adubação e no controle de pragas e ervas invasoras. A geração de caixa (EBITDA) em 2010 foi de R$ 534 milhões. A Receita líquida obtida foi de R$ 1.410 milhões, resultado 35% superior ao ano passado. O lucro líquido foi de R$ 335.204.000. Como consequência dos ótimos resultados, a Empresa reduziu em, aproximadamente, 30% o seu endividamento líquido, apresentando um índice Endividamento/EBITDA de 1,2 um dos menores dos últimos anos. Os investimentos da CENIBRA em 2010 atingiram US$ 84 milhões.

 Suzano
Klabin
Sede
São Paulo
(SP)
Sede
São Paulo (SP)
Controle
Brasileiro
Controle
Brasileiro
Vendas
(em U$ milhões)
2.990,2
Vendas
(em U$ milhões)
2.792,6

Fibria
International Paper
Sede
São Paulo (SP)
Sede
Mogi Guaçu (SP)
Controle
Brasileiro
Controle
Americano
Vendas
(em U$ milhões)
2.572,7
Vendas
(em U$ milhões)
1.117,3
Cenibra
Grupo Orsa

Sede
Belo Oriente
 (MG)
Sede
Barueri (SP)

Controle
Japonês
Controle
Brasileiro

Vendas
(em U$ milhões)
897,9
Vendas
(em U$ milhões)
854,9





CRONOLOGIA DO PAPEL

  • 105 a.C- A invenção do papel é atribuída a T’saiLun na China, fabricado a partir de fibras de cânhamo trituradas.
  • 611 d.C- Instalam-se a manufatura do papel na China
  • 794- Instala-se a fabricação de papel para o comércio, primeiro Damasco, depois em Bagdá
  • 807-Produção de papel em Kioto, no Japão
  • 877- Nota-se a existência do papel sanitário
  • 900- O papel é fabricado no Egito pelos árabes
  • 950- O papel chega pela primeira vez na Espanha através de livros
  • 1150/1151- Os árabes chegam à Espanha fixando-se numa região de Valencia (Xavita) sendo instalado o primeiro ponto de fabricação na Europa
  • 1309- Início da utilização do papel na Inglaterra
  • 1320- Chegada do papel na Alemanha
  • 1390- Instalação da primeira indústria na Alemanha
  • 1405- Chegada do papel na região de Flandres, levado por uma espanhol
  • 1450- Invenção da imprensa- Johannes Guttemberg e conseqüente procuram o papel
  • 1550- Comercialização do papel de parede proveniente da China pelos espanhóis e holandeses em toda a Europa
  • 1719- O naturalista francês Reaumur sugere o uso da madeira como matéria prima para o fabrico de papel, ao observar que as vespas mastigavam madeira podre e empregavam a pasta resultante para produzir substância semelhante ao papel na confecção dos seus ninhos.
  • Meados do Séc. XIX- Surge a demanda de papel para a impressão de livrps, jornais e fabricação de outros produtos de consumo, levando à busca de fontes alternativas de fibras a serem transformadas em papel.
  • 1809- Começa a fabricação de papel no Brasil, no Andaraí Pequeno, Rio de Janeiro
  • 1840- Na Alemanha, desenvolve-se um processo para a trituração de madeira.As fibras são separadas e transformadas no que passou a ser conhecido como “pasta mecânica” de celulose
  • 1854- É patenteado na Inglaterra um processo de produção de pasta celulósica através de tratamento com soda cáustica. A lignina, cimento orgânico que une as fibras, é dissolvida e removida, surgindo a primeira “pasta química”.
  • 1860- Invenção do papel couché. Lançamento do papel higiênico em forma rolo. Surgem na Finlândia as primeiras leis sobre práticas de silvicultura.
  • 1920/1930- Importante década para o desenvolvimento do papel no Brasil

RECICLAGEM


Os papeis usados, juntamente com rebarbas de papéis que sobram das indústrias, são chamados de aparas e são a matéria-prima para a produção de novos artefatos no processo de reciclagem. Alguns produtos podem ser feitos com 100% de papel reciclado, já outros ainda necessitam da adição de fibras virgens.
No processo, as aparas são limpas, descoloridas e alvejadas (em alguns casos). Após esta etapa obtém-se a pasta celulósica que precisa ser refinada e, em alguns casos, adicionada de fibras virgens.

O QUE PODE SER RECICLADO

Saco de papel, papel de escritório impresso, papel branco, papel misto, papelão, embalagem longa vida, jornais e revistas, aparam de papel, fotocópias, embalagens de ovo, Envelopes, folhas de cadernos, rascunhos, formulários de computador, cartazes velhos, caixas em geral, papel de FAX (sem parafina), cartões e cartolina.

NÃO-RECICLÁVEIS

Papel engordurado, carbono, celofane, papel plastificado, papel parafinado (fax), papel metalizado, papel laminado, papel toalha e higiênico, papel vegetal, papel siliconizado, etiqueta adesiva, fita crepe, papéis sanitários ou sujos guardanapos usados tocos de cigarro.
Observação importante: os papéis combinados com outros materiais (plastificados, metalizados, papel carbono, etc.), ou muito sujos de graxa, gordura, alimentos, e também os papéis higiênicos, não devem ser misturados com os recicláveis, devendo ser descartados como lixo orgânico.

PAPELÃO ONDULADO

A caixa de papelão ondulado tornou-se uma das mais importantes e conhecidas embalagens nas últimas décadas. Resistente, leve e de fácil obtenção, tem a maior parte de sua produção - cerca de 80% - advinda da recuperação do papel velho. A produção mundial de 1998 foi de 1 bilhão e 600 milhões de toneladas, com uma taxa de reciclagem de 71,6%, uma das maiores do mundo se comparada a outras embalagens.
Dentre seus maiores consumidores estão as indústrias de produtos alimentícios e bebidas, eletrodomésticos, fruticultura e avicultura.
O papelão é reciclado no Brasil há muitas décadas e tem reaproveitado mais de 1,6 milhões de toneladas de aparas de papel velho por ano.
No entanto, muito se desperdiça: o papelão ainda representa cerca de 5% dos resíduos sólidos urbanos coletados.
Composição Diferente de outras caixas de papelão, a caixa de papelão ondulado é feita de várias combinações de papéis que compõem a capa e o miolo - papel-capa e papel-miolo. São realizados diversos testes físicos, quanto ao desempenho que se deseja da embalagem.




TIPOS DE PAPEL


TIPOS
APLICAÇÕES
Cartões perfurados
Cartões para computação de dados
Branco
Papéis brancos de escritório, manuscritos, impressos, cadernos usados sem capas;
Kraft
Sacos de papel para cimento, sacos de papel de pão;
Jornais
Jornais;
Cartolina
Cartão e cartolina;
Ondulado
Caixa de papelão ondulado;
Revistas
Revistas;
Misto
Papéis usados mistos de escritórios, gráficas, lojas comerciais, residências;
Tipografia
Aparas de gráficas e tipografias



Entre os muitos conhecidos podem-se citar:
  • Papel ácido
  • Papel alcalino
  • Papel artesanal
  • Papel autocopiativo
  • Papel bíblia
  • Papel couché
  • Papel dobradura
  • Papel de seda
  • GlinteR - Uma espécie de papel termossensível;
  • Papel higiênico
  • Papel fotocopiador
  • Papel fotográfico
  • Papel offset;
  • Papel termossensível
  • Papel reciclado
  • Papel presente
  • Papel vegetal
  • Papel vergé
  • Papel sulfite

    CURIOSIDADES

    • Se 1 milhão de pessoas usarem o verso do papel para escrever e desenhar, a cada mês será preservada uma área de floresta equivalente a 18 campos de futebol.

    • Quem nunca recorreu às páginas amarelas para encontrar algum serviço ou número de telefone? Essas páginas famosas, impressas em papel de baixa qualidade, e disponíveis em listas telefônicas no mundo todo foram inventadas por Loren Murphy Berry, um norte-americano, nascido no Estado de Indiana.

    • Dinheiro: um pedaço de folha que tem valor de troca. Historicamente o papel-moeda começou na Idade Média, quando recibos de papel de depósitos de ouro circulavam com valor de troca. Essa era a moeda-corrente na época.


    • Em 1848, na Bahia, surgia a primeira fábrica para beneficiamento da fibra de bananeira, utilizada como matéria-prima para a produção do papel. 

    • Você sabia que a Santa Maria é a única empresa no Brasil que possui um sistema para evitar a formação de depósitos resultantes de atividade microbiológica e que visa a redução e eliminação do uso de biocidas, proporcionando um menor impacto ao meio ambiente?

    • Você sabia que o papel moeda utilizado por todos tem em sua composição aproximadamente 10% de fibra de algodão, além de fibra longa e de outros compostos especiais? No Brasil apenas uma fábrica produz esse tipo de papel.

    • Você sabia que durante a produção de papéis existe um consumo de água de cerca de 12000 litros para cada tonelada de papel?

 O papel é algo tão importante e ao mesmo tempo tão discreto em nossas vidas, passou por várias transformações. Desde a sua origem até atualmente e irá continuar evoluindo, porém esse avanço está causando alguns impactos ambientais, com a derrubada das árvores para a retirada da matéria prima, vamos ser conscientes ao derrubar uma árvore plantarmos outra em seguida. Isso não irá prejudicar ninguém, apenas salvar algo que esta se tornando cada vez mais raro. Com o desenvolvimento deste trabalho pude perceber que as pessoas não estão dando o devido valor a esta folhinha que você esta lendo. Vamos parar e repensar nossos atos. Vamos ser sustentáveis sem deixar de ser empreendedor, existem maneiras de ganhar dinheiro de forma sustentável. Descubra a sua também, futuro empreendedor.

Agora confira um resumo de tudo que você viu aqui! 
De Onde Vem o Papel?? 


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